Cemig prevê chuvas acima da média até março de 2025

Minas Gerais viveu uma realidade de intensificação das queimadas neste ano e, agora, se prepara para um período chuvoso acima da média, segundo dados apresentados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (21). O meteorologista da companhia, Arthur Chaves de Paiva Neto, afirma que “há uma expectativa para chuvas bem maiores do que as que ocorreram no ano passado”.

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De acordo com o especialista, o “ápice” de chuvas ocorrerá durante janeiro e fevereiro, devido ao aumento das zonas de convergências. “As regiões Leste, Zona da Mata, Sul e Central terão maiores volumes se comparados a 2023”, afirma.

Neto destaca também que “haverá muitas tempestades” ao longo desse período. “Elas acontecerão mesmo nos locais onde a média de chuvas não deve ultrapassar a do ano passado, em relação ao mesmo período”, conclui.

Desafios do cenário meteorológico

Esse padrão climático previsto pela Cemig pode acarretar em grandes desafios, como explica o superintendente de engenharia e operação, Alisson Chagas. “É natural que nessa época do ano com muito chuva tenhamos mais desligamentos da rede. A intensificação da chuva pode trazer novos desligamentos, principalmente se estiver associada a rajadas de vento e descargas atmosféricas. Então esses são nosso desafios, essas condições meteorológicas fazem com que seja possível ter mais desligamentos”, diz.

Embora existam algumas adversidades, Chagas afirma que a situação em Belo Horizonte não deve se agravar tanto quanto a de São Paulo. Segundo o último boletim da Enel, a região metropolitana de São Paulo está com cerca de 8.600 imóveis ainda sem energia por causa da chuva moderada do último sábado (19).

“A Cemig está se preparando com uma manutenção preventiva para que esse cenário não ocorra em Minas Gerais. Caso aconteça, teremos equipes preparadas para religar o serviço o mais rápido possível”, completa.

Manutenção preventiva

Neste cenário, a Cemig divulgou números e estratégias para minimizar o impacto das condições climáticas extremas no fornecimento de energia. Até meados de setembro deste ano, a companhia investiu quase R$ 220 milhões em ações para diminuir ocorrências devido a quedas de galhos e árvores sobre a rede, em limpeza de servidão e inspeções de circuito elétrico.

No entanto, mesmo com os investimentos anunciados, houve uma crescente nas interrupções do serviço, principalmente devido ao aumento no número de incêndios no estado. Até setembro de 2024, o Minas Gerais registrou 24.475 ocorrências de queimadas em vegetação, interrompendo o fornecimento de energia para mais de 687 mil clientes, 24% a mais que em 2021.

Apesar disso, a Cemig destacou uma redução de 27% no tempo de restabelecimento do serviço. “Estamos passando por um cenário de eventos climáticos extremos. Mas a companhia está em profunda transformação e aprendendo com tudo o que vem acontecendo. É importante destacar que nossas medidas vêm sendo melhoradas ao longo dos anos”, afirma Chagas.

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