Elon Musk parece ter se esquecido de um detalhe crucial ao anunciar o Cybercab

No início de outubro, Elon Musk, CEO da Tesla Motors, revelou uma nova linha de veículos elétricos com autonomia completa que inclui um modelo chamado Robotaxi (Cybercab) e uma van espaçosa denominada Robovan. O empresário estima que essas inovações estarão nas estradas americanas em 2027.

A previsão para o lançamento dos novos veículos autônomos da marca, no entanto, é desafiadora. O motivo são os avanços tecnológicos ainda necessários para desenvolver os carros, além da necessidade de implementar mudanças significativas na legislação dos Estados Unidos para permitir sua circulação.

Os veículos Robotaxi e Robovan chamam a atenção por não possuírem volantes ou pedais, ou seja, a única interface de controle é uma tela para alterar destinos. Sem dispositivos manuais de condução, eles dependem completamente da tecnologia FSD (Full Self-Driving, ou “totalmente autônomo”) da Tesla.

Regulamentação e desafios legais

Para que o Cybercab possa circular, a Tesla precisará obter permissões especiais da Administração Nacional de Segurança de Tráfego nas Estradas (NHTSA). Desde 2020, apenas uma exceção foi concedida à empresa de veículos autônomos Nuro, e a proposta da General Motors para o protótipo Cruise foi rejeitada.

A NHTSA autoriza, no máximo, 2.500 veículos sob este regime especial, o que conflita com a intenção de Elon Musk de produzir em massa os seus modelos.

Além disso, as normas específicas de cada estado dos EUA exigem que a montadora busque autorizações individuais, processo já iniciado em estados como Texas e Califórnia.

Avanços tecnológicos necessários

Para alcançar a meta de colocar os modelos autônomos nas ruas até 2027, a Tesla precisa evoluir seu sistema de condução autônoma para o nível 5. Atualmente, o FSD da empresa está no nível 2, necessitando de assistência humana durante a condução.

Conquistar a autonomia total será um feito tecnológico sem precedentes para Musk, que deverá enfrentar não só desafios regulatórios, mas também superar barreiras tecnológicas significativas para viabilizar a circulação dos Robotaxi nas estradas americanas.

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