A partir de hoje, Caixa tem novas regras do Financiamento Imobiliário

Placa da Caixa e fechadura com chaveiro

A partir de hoje, 1º de novembro, a Caixa Econômica Federal implementa novas regras para o financiamento de imóveis. As alterações, que visam ajustar a concessão de crédito habitacional, incluem um aumento na entrada necessária e a limitação do percentual que pode ser financiado. Neste artigo, vamos detalhar as principais mudanças e suas implicações para os mutuários.

Mudanças nas regras de financiamento

Imagem de um adulto e uma criança segurando uma mini casa, realçando o sonho da casa própria com o Nubank
Imagem: SewCreamStudio / Shutterstock

Aumento da entrada

Uma das principais alterações diz respeito ao valor de entrada exigido para o financiamento. Para quem optar pelo sistema de amortização constante (SAC), a entrada subirá de 20% para 30% do valor total do imóvel. Já para o sistema Price, onde as parcelas são fixas, a exigência de entrada aumentará de 30% para 50%.

Essas mudanças têm como objetivo aumentar a segurança financeira tanto para o banco quanto para os mutuários, refletindo uma tentativa de mitigar riscos em um cenário econômico incerto.

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Limitação do percentual financiado

Além do aumento da entrada, a Caixa também restringiu o percentual que pode ser financiado do imóvel. Agora, os mutuários deverão pagar uma entrada maior e financiar uma porcentagem menor do valor total, o que pode impactar diretamente o acesso ao crédito para muitos brasileiros.

Exclusividade na concessão de crédito

Outra condição importante é que a Caixa só liberará crédito para aqueles que não possuem outro financiamento habitacional ativo com o banco. Essa medida tem o intuito de controlar o volume de crédito na carteira do banco e assegurar que os recursos sejam alocados de forma mais eficiente.

Teto de avaliação dos imóveis

Limitação do valor máximo

Com as novas regras, o valor máximo de avaliação dos imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foi limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do sistema. Isso representa uma alteração significativa, especialmente considerando que anteriormente as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não tinham teto de valor.

Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que oferece juros mais baixos, já era restrito a imóveis com o mesmo teto de R$ 1,5 milhão. Essa mudança pode afetar aqueles que desejam financiar imóveis de maior valor, limitando suas opções.

Justificativa da Caixa para as mudanças

Necessidade de controle orçamentário

Em uma nota divulgada há duas semanas, a Caixa justificou as novas restrições como uma forma de controlar a carteira de crédito habitacional, que deve ultrapassar o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, a instituição já havia concedido R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, com um total de 627 mil financiamentos.

A necessidade de equilibrar a oferta de crédito e evitar o aumento de juros foi um dos principais fatores que motivaram essas mudanças nas regras de financiamento.

Efeitos dos saques na poupança

A Caixa também apontou que o aumento de saques na caderneta de poupança tem impactado a disponibilidade de recursos para financiamento. Em setembro, o volume de saques líquidos atingiu R$ 7,1 bilhões, marcando o terceiro mês consecutivo de retiradas. Esse cenário torna ainda mais desafiador para a Caixa manter sua operação de crédito habitacional sem implementar restrições.

O futuro do financiamento habitacional

logo da Caixa e pessoa segurando chaveiro com miniatura de casa
Imagem: shisu_ka / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

Perspectivas para 2025

Embora as novas regras tenham sido implementadas agora, ainda não está claro se elas serão revistas em 2025, quando a Caixa terá um novo orçamento para crédito habitacional. Há incertezas sobre se parte dessas medidas se tornará definitiva ou se haverá uma flexibilização nas condições.

O mercado imobiliário e os mutuários estão atentos a essas mudanças, já que elas podem influenciar significativamente o acesso ao financiamento no próximo ano.

Conclusão

As novas regras de financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal marcam uma mudança importante no cenário de crédito habitacional no Brasil. Com a exigência de uma entrada maior e a restrição do percentual que pode ser financiado, muitos potenciais mutuários podem enfrentar desafios adicionais ao tentar adquirir um imóvel. A Caixa justificou essas mudanças como necessárias para controlar sua carteira de crédito e mitigar riscos financeiros, em um contexto de aumento de saques na poupança e maior demanda por financiamentos.

As próximas semanas serão cruciais para entender como essas novas diretrizes impactarão o mercado imobiliário e o acesso ao crédito por parte dos brasileiros.

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