Banco Central amplia segurança: Pix terá rastreamento, bloqueio e devolução de valores

O Banco Central está lançando novas funções para garantir mais segurança nas transações feitas pelo Pix, o sistema de pagamentos instantâneos. Com a adição de rastreamento, bloqueio e devolução de valores, o objetivo é reduzir os riscos de fraude e melhorar a confiabilidade do sistema.

Anunciado pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, o projeto traz uma série de inovações que visam aprimorar a proteção dos usuários e intensificar o controle de contas suspeitas.

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O que muda na segurança do Pix?

A nova funcionalidade de segurança desenvolvida pelo Banco Central permite que transações sejam rastreadas de forma mais eficiente, bloqueando valores suspeitos e facilitando sua devolução em casos de fraude.

Embora a ferramenta ainda não esteja pronta, Campos Neto indicou que o anúncio oficial deve ocorrer em breve, dando um passo importante na luta contra fraudes e golpes realizados via Pix.

Inteligência artificial no combate a fraudes

O Banco Central está investindo em inteligência artificial (IA) para identificar padrões de comportamento associados a fraudes. Ao analisar grandes volumes de dados, a IA pode antecipar atividades suspeitas, permitindo ao sistema bloquear transações de maneira proativa.

Campos Neto destacou que, à medida que o sistema de proteção do Pix evolui, as fraudes também se adaptam, exigindo constante inovação para manter a segurança dos usuários.

Contas laranjas e fantasmas sob vigilância

Para diminuir a quantidade de golpes, o Banco Central tem dado especial atenção às chamadas “contas laranjas” e “contas fantasmas”, que são contas falsas utilizadas exclusivamente para receber valores provenientes de fraudes.

Neto ressaltou que é fundamental que o mercado financeiro fortaleça seus critérios para abertura de contas, com medidas que facilitem a identificação de contas suspeitas.

Pix por aproximação: Uma nova conveniência para os usuários

Além das medidas de segurança, o Banco Central e empresas de tecnologia estão expandindo o uso do Pix para pagamento por aproximação. Essa funcionalidade, já disponível para clientes de algumas instituições financeiras, permite que o usuário realize pagamentos ao aproximar o celular ou smartwatch de uma máquina habilitada, simplificando o processo e tornando-o mais ágil.

Como funciona o Pix por aproximação?

O Pix por aproximação funciona de maneira semelhante a um pagamento com cartão por aproximação. Para utilizá-lo, o usuário precisa vincular sua conta bancária ao Google Pay, aplicativo de carteira digital do Google, disponível atualmente para clientes do Itaú, C6 Bank e PicPay.

Ao fazer essa vinculação, basta aproximar o dispositivo móvel de uma máquina habilitada, confirmar a identidade via senha ou biometria, e o pagamento é realizado instantaneamente.

Expansão do uso em 2025

A previsão do Banco Central é que todas as instituições financeiras e redes de aquisição disponibilizem o Pix por aproximação até fevereiro de 2025. Essa nova funcionalidade é uma alternativa ao pagamento com cartões, reduzindo as taxas para os lojistas e aumentando a praticidade para os consumidores, que podem optar por pagamentos sem precisar acessar o aplicativo do banco.

Campos Neto afirma que a agenda de inovação do Banco Central continuará, independente do comando, que mudará em 2025 com a chegada de Gabriel Galípolo. Segundo ele, a continuidade das medidas de transformação digital é essencial para o avanço e a segurança dos serviços financeiros no Brasil.

A introdução do rastreamento, bloqueio e devolução de valores transacionados pelo Pix reflete um compromisso contínuo do Banco Central com a segurança e conveniência dos brasileiros.

Além disso, a evolução das tecnologias de IA promete oferecer proteção adicional contra fraudes, ao mesmo tempo em que o Pix por aproximação amplia as possibilidades de uso, tornando-o ainda mais acessível.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com