Oposição da Venezuela diz ter como provar vitória de González na eleição


María Corina Machado, líder da oposição, disse que as atas que o grupo recebeu já são suficientes para garantir a vitória de González sobre o presidente Nicolás Maduro. Conselho Nacional Eleitoral afirma que Maduro venceu com 51,2% dos votos. María Corina Machado e Edmundo González, durante coletiva de imprensa em 29 de julho de 2024
AP Foto/Cristian Hernández
Em entrevista concedida nesta segunda-feira (29), María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, disse que o grupo pode garantir a vitória sobre o presidente Nicolás Maduro na eleição realizada no domingo (28).
“Temos 73,20% das atas e, com este resultado, o nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia”, disse María Corina, segundo a agência Associated Press.
María Corina disse que, com base nas atas de votação que a oposição já tem, González teve 6,2 milhões de votos, contra 2,7 milhões de Maduro.
“Ainda que o CNE decidisse que 100% dos votos das que [atas] faltam são para Maduro, não seriam suficientes para mudar o resultado”, declarou.
González, por sua vez, pediu “calma efirmeza” na contestação do resultado e considerou irresponsável que a autoridade eleitoral venezuelana tenha feito um “anúncio prematuro de resultados sem ter sido auditado”.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) disse que o presidente Nicolás Maduro venceu a eleição com 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas, mas os números são contestados pela oposição.
María Corina, que foi impedida de concorrer, alega que a oposição venceu em todos os Estados. Ela é investigada pelo Ministério Público da Venezuela de tentar fraudar o sistema eleitoral e adulterar atas da eleição, que funcionam como boletins de urna.
Tarek William Saab, chefe do Ministério Público venezuelano e ligado ao chavismo, ligou María Corina a uma suposta tentativa de ataque hacker que se originou na Macedônia do Norte e teve como objetivo atingir o sistema responsável pela eleição.
A oposição acusa o governo de fraude e não reconhece a decisão do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) de declarar Maduro como vencedor das eleições.
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