Aquilombar vai fechar as portas no Lagoinha, menos de um ano após abertura da casa em BH

O espaço Aquilombar, localizado no bairro Lagoinha, região Noroeste de Belo Horizonte, fechará as portas menos de um ano após abertura da casa. O local, dirigido pelas produtoras culturais, Fantini Forbeck e Nathália Trajano, ficou conhecido por potencializar a cultura na capital, abraçando a produção negra, periférica e LGBTQIAP+. A informação foi confirmada nas redes sociais do empreendimento, na tarde dessa quinta-feira (4).

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Apesar do encerramento das atividades no espaço, que está localizado na rua itapecerica, o Aquilombar continuará com suas produções culturais, realizadas desde 2020. Em nota ao BHAZ, as responsáveis explicaram que o projeto se prepara para “desbravar” outros espaços e estados brasileiros. “Nós cumprimos nosso objetivo promovendo uma programação plural, que trouxe artistas de diferentes regiões do país para cidade e sendo uma casa acolhedora para nossas comunidades”, afirmou.

Além disso, elas garantiram que o público terá a chance de se despedir, já que preparou uma programação especial de encerramento, prevista para acontecer no último domingo do mês (27 de outubro). “Nossa ancestralidade nos ensina que o fim que também é um meio e os inícios são um presente onde recomeçar é a chama que permite caminhar com saúde e prosperidade. Agradecemos a todos que participaram deste ciclo e convidamos que continuem acompanhando as outras frentes da nossa atuação”, informou a nota.

Os detalhes e a programação completa serão divulgados nos próximos dias e poderão ser conferidos no perfil oficial do Aquilombar no Instagram.

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Espaço de acolhimento

Desde novembro de 2024, o Aquilombar recebeu atrações como DJ Cleiton Rasta e MU540, a sambista Fran Januário, o grupo Simplicidade Samba, MC Tamara Franklin, Linguini e Ogoin, Augusta Barna, Sérgio Pererê e muitos outros. Com um espaço de 750 m² e uma estrutura completa – incluindo, palco, cozinha, bar e banheiros -, o empreendimento também realizava festas residentes, sendo elas: Quilombo do Samba, BREEU, Trava e Bafafá.

A proposta do local era, principalmente, fortalecer o cenário da cultura belo-horizontina, trazendo também artistas inéditos em colaboração com nomes da cena de BH, no intuito de quebrar a lógica do eixo que privilegia apenas as produções no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Além de ser um espaço para eventos, o Aquilombar também oferecia atividades de impacto sociocultural e, por isso, criou uma articulação com a rede empreendedora do bairro Lagoinha. Durante o funcionamento, a casa oferecia, ao menos duas vezes ao mês, eventos gratuitos e realizava a feira Aquilombar – reunindo produtores e empreendedores locais.

Pelas redes sociais, o público lamentou o encerramento das atividades no espaço. “Fiquei triste, meninas, a Lagoinha entrou no mapa da cidade com a participação de vocês, mas bem sei que nosso “rolê” não é fácil!”, disse uma seguidora.

Outra aproveitou também para agradecer e desejar sorte. “Tenho certeza que é um até logo. Mas também tenho certeza que tantas outras coisas incríveis virão e continuarão acontecendo através da Aquilombar! Tanho um orgulho danado de ter visto a Aquilombar nascer e florescer tanto! Vocês fizeram história demais para o Lagoinha! Voem mais alto ainda”, afirmou.

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