Avanço no Senado: Lançamento do Drex está cada vez mais perto e deve sair em 2025

O Banco Central do Brasil segue avançando no desenvolvimento do Drex, a moeda digital nacional baseada em tecnologia de registros distribuídos (DLT). Após adiamentos devido a greves e desafios operacionais, a nova gestão da instituição, liderada por Gabriel Galípolo, sinaliza que o projeto poderá ser finalizado em 2025.

Com apoio de senadores e melhorias nos testes, o Drex promete revolucionar o sistema financeiro brasileiro, embora ainda enfrente desafios técnicos e sociais.

O Que é o Drex e Como Ele Funciona?

O Drex é a versão brasileira de uma moeda digital emitida pelo Banco Central, conhecida como CBDC (Central Bank Digital Currency). Desenvolvida em um ambiente DLT, similar à blockchain, mas em um sistema privado, a moeda busca modernizar o mercado financeiro, permitindo transações mais rápidas, seguras e com custos reduzidos.

Leia mais: Drex: tudo o que você precisa saber, com detalhes que ninguém contou

Atualmente, o projeto está em fase de testes. Transações entre bancos já são realizadas no piloto, destacando o potencial do Drex para transformar serviços financeiros no Brasil. A expectativa é que, com o tempo, ele possa até substituir o uso de dinheiro físico em determinadas transações.

Apoio no Senado: Políticos Defendem o Drex

Embora o Drex ainda gere controvérsias, especialmente quanto à privacidade e segurança, alguns senadores têm se mostrado favoráveis à sua implementação. Entre os apoiadores estão Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Carlos Portinho (PL-RJ).

O senador Oriovisto Guimarães, em entrevista à Agência Senado, destacou os potenciais benefícios do Drex para o mercado financeiro brasileiro. Ele ressaltou que a nova moeda digital tem o poder de impulsionar o uso de contratos inteligentes, trazendo mais segurança, agilidade e economia para diversas transações, como a compra e venda de imóveis e outros bens.

Já o senador Carlos Portinho apontou o impacto positivo do Drex na desburocratização do sistema financeiro. Para ele, a criação da moeda digital representa um avanço significativo, promovendo justiça tributária, inclusão financeira e maior eficiência econômica no país.

Desafios do Drex: Privacidade e Sigilo em Foco

Embora promissor, o Drex enfrenta resistência por parte da população e de especialistas. Dois pontos cruciais ainda precisam ser ajustados antes do lançamento oficial:

Privacidade

A privacidade das transações é uma preocupação significativa. O Banco Central está empenhado em garantir que o Drex respeite os dados dos usuários, protegendo-os contra acessos indevidos.

Sigilo das Transações

Outro desafio é garantir o sigilo das transações financeiras, essencial para a confiança do público no sistema. O piloto atual está focado em solucionar essas questões para assegurar que o Drex seja seguro e funcional.

Impactos Econômicos e Sociais do Drex

Se implementado, o Drex poderá gerar mudanças profundas na economia brasileira:

Inclusão Financeira

Com transações mais acessíveis e de baixo custo, o Drex poderá incluir milhões de brasileiros no sistema financeiro formal, especialmente em áreas remotas ou subdesenvolvidas.

Redução de Custos

A moeda digital promete diminuir os custos operacionais de bancos e instituições financeiras, beneficiando também consumidores com tarifas mais baixas.

Combate a Ilícitos

Por ser rastreável, o Drex pode ajudar a combater crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e evasão fiscal, fortalecendo a integridade do sistema.

Cronograma do Banco Central

Embora ainda não tenha uma data oficial para o lançamento, o Banco Central estima que o Drex poderá ser implementado até o final de 2025. A próxima fase do piloto, iniciada no início deste ano, é determinante para o cronograma.

Considerações Finais

O Drex representa um avanço significativo para o sistema financeiro brasileiro, alinhando o país às tendências globais de digitalização. Com o apoio de senadores e o comprometimento do Banco Central, o projeto se aproxima de sua conclusão. Contudo, questões relacionadas à privacidade e sigilo ainda precisam ser resolvidas para garantir a aceitação pública.

Se lançado, o Drex poderá transformar a forma como os brasileiros realizam transações financeiras, promovendo inclusão, eficiência e inovação. O ano de 2025 será decisivo para o futuro da moeda digital no Brasil.