Trump 2 começa como o esperado – 1

Provavelmente não vimos nos últimos 60 ou 70 anos uma polarização tão forte entre esquerda e direita nas Américas (Norte, Central e do Sul).

Nos EUA, os democratas são considerados de esquerda, muito embora com uma atuação diversa da observada nas esquerdas latino-americanas. Lá o foco ideológico e identitário é maior, mais presente. Os republicanos, a direita, valorizam mais a autonomia do ser humano e o mercado como o grande centro de trocas da sociedade.

Os americanos escolheram encerrar um governo democrata e iniciar um republicano. Sai Biden, entra Trump. Sai a cultura woke e o politicamente correto, e entra a valorização do mérito individual, do “do it yourself”.

Trump assume um país em condições apenas razoáveis. O emprego vai muito bem, a economia continua forte, o PIB cresceu, mas a confiança da população foi embora. A própria inflação desacelerou muito mais por conta da queda no consumo do que por razões de política governamental.

Sabendo disso, o novo presidente norte-americano busca, antes de qualquer coisa, ganhar as mentes e corações do seu povo. Assim, já anunciou políticas restritivas de imigração, contemplando até uma eventual expulsão em massa de ilegais. Bravata? Pode ser. Mas vindo da TV, Trump sabe que a comunicação é vital para o seu governo. Mesmo que não seja estritamente verdadeira.