Júri absolve um réu e condena outro por morte durante Virada Cultural de BH

O Tribunal do Júri de BH absolveu um réu e condenou o outro a um 1 ano e 6 meses de reclusão, em regime aberto, pelo assassinato de um jovem, de 20 anos, durante a Virada Cultural de Belo Horizonte, em agosto de 2014. No julgamento, realizado nessa quinta-feira (23), mais de 10 anos após o crime, os jurados decidiram absolver Gabryel Kristian da Silva Reis e concluíram que Breno Stanlley Balbino Cota cometeu homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

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No julgamento, Breno Stanlley alegou que usou um canivete para se defender e só percebeu que havia ferido a vítima quando viu suas mãos sujas de sangue. Já Gabryel Kristian disse ter dado garrafadas no jovem, para defender a irmã, mas afirmou não ter percebido que a vítima sangrava no momento da briga.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, Breno Stanlley Balbino Cota e Gabryel Kristian da Silva Reis agrediram Humberto Nantes de Sena, com um canivete e garrafadas, durante um evento que ocorria na Savassi, região Centro-Sul de BH. Inicialmente tratado como uma tentativa de assalto, o crime, conforme a denúncia do MPMG, foi motivado por ciúmes.

De acordo com a investigação, um amigo de Humberto abordou duas jovens na festa. Uma delas era namorada de Breno Stanlley e irmã de Gabryel Kristian. A outra era irmã de Breno.

Ao ser questionado por Breno, Humberto teria reagido com uma cabeçada e dois começaram uma luta corporal, que terminou quando Breno atingiu o jovem com um canivete. Gabryel também teria dado duas garrafadas na cabeça da vítima. Humberto morreu após ficar dois meses internado.

As defesas alegaram que os réus pretendiam defender as jovens e que não tiveram intenção de matar. A Justiça aceitou a tese de homicídio doloso, quando há intenção de matar, apresentada pelo MPMG.

No entanto, no Júri dessa quinta-feira (23), os jurados entenderam que não houve dolo e decidiram absolver Gabryel e condenar Breno por homicídio culposo, sem intenção de matar, com pena de 1 ano e 6 meses de prisão, em regime aberto. Os dois responderam a todo o processo em liberdade.

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