Os veículos elétricos aumentaram 60% na América Latina: estes são os países líderes

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A América Latina e as Caraíbas tinham 249.079 veículos elétricos ligeiros em circulação no final do primeiro semestre de 2024. E embora isto represente apenas 0,3% da frota de veículos, a sua adoção aumentou 60% anualmente.

A Organização Latino-Americana de Energia (Olade) revelou num relatório recente que, de acordo com esta tendência, é provável que os veículos eléctricos tenham duplicado durante todo o ano passado.

Embora a eletromobilidade esteja numa fase inicial de desenvolvimento na região, Olade destaca que está a crescer rapidamente , como se reflete nas estatísticas de vendas de veículos elétricos nos últimos três anos.

Segundo o Monitor de Mobilidade Elétrica para a América Latina e o Caribe , publicado pela Olade, a frota de veículos leves eletrificados cresceu mais de 14 vezes entre 2020 e 2024.

O número de veículos híbridos plug-in (PHEV) na região aumentou 17 vezes, e o de veículos eléctricos puros (BEV) aumentou 12 vezes nos primeiros seis meses do ano anterior.

À medida que os países avançam nos planos para eletrificar os transportes e reduzir as emissões de carbono, a eletromobilidade ganha terreno como uma opção líder na região, uma vez que minimiza o impacto ambiental e é mais acessível para os consumidores.

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Por esta razão, países como Brasil, México e Chile estão implementando políticas que buscam promover a adoção de veículos elétricos. Os governos estão a conceder subsídios, isenções fiscais e a melhorar as infraestruturas de carregamento para incentivar a transição, ou mesmo, no caso do México, a desenvolver os seus próprios modelos de veículos deste tipo.

Países líderes em veículos elétricos na América Latina

La Olade destaca que as nações com maior presença de veículos leves eletrificados em circulação são Brasil, México, Costa Rica, Colômbia e Chile. O Brasil é o líder com 152.493 unidades.

O Uruguai está na sexta posição, com 5.950 veículos elétricos em circulação, superando países de maior porte e população como Equador, Guatemala e Argentina. 

Em termos de número de veículos eletrificados per capita, a Costa Rica é o líder regional com 34,3 veículos eletrificados por 10 mil habitantes, seguida pelo Uruguai com 17,4.

O Brasil, embora esteja na vanguarda na adoção, está em terceiro lugar com 7 veículos eletrificados por 10 mil habitantes, levando em conta que sua população é maior.

Ao todo, a América Latina e o Caribe possuem 3,8 veículos elétricos para cada 10 mil habitantes. Este indicador ainda é bastante baixo em comparação com a China (241,4), a Europa (183) e os Estados Unidos (72,4).

La Olade afirma no seu relatório que ainda existem desafios importantes para a promoção da eletromobilidade na região. Por exemplo, a nível regulamentar e financeiro, faltam mais leis e regulamentos que promovam a utilização de modos de transporte eficientes e ecológicos.

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Da mesma forma, a organização alerta para a necessidade de disponibilizar ajudas financeiras e linhas de crédito que compensem os elevados custos de aquisição dos veículos elétricos, em relação aos carros convencionais de combustão interna com características semelhantes. 

No domínio da logística, o principal desafio é implementar infraestruturas de carregamento público suficientes , para que os utilizadores possam planear viagens de longa distância em veículos 100% elétricos.

A América Latina e o Caribe são líderes em ônibus elétricos

Embora a América Latina e o Caribe não se destaquem pela densidade existente de veículos elétricos leves, Olade destaca que a região está atualmente melhor posicionada em número de ônibus elétricos .

Até 2023 circulavam na região 5.084 ônibus elétricos . Este número mostra que a frota total de autocarros eléctricos (incluindo tróleis) aumentou 160 por cento nos últimos três anos. 

O Chile é o líder indiscutível nesta área. O país sul-americano tem cerca de 1.849 unidades, seguido de perto pela Colômbia com 1.590 unidades.

A América Latina e o Caribe têm atualmente um total de 7,7 ônibus elétricos por milhão de habitantes, superando a Europa (com 3) e os Estados Unidos (com 0,9), embora ainda esteja atrás da China (299,2).