Luz Æterna: exposição imersiva do CCBB BH chega aos últimos dias em cartaz

Se você curte participar de experiências sensoriais, essa é a última chamada para conferir a superexposição imersiva de arte digital ‘Luz Æterna – Ensaio Sobre o Sol’ em Belo Horizonte. Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil desde dezembro, a mostra entra na reta final da passagem pela capital mineira: vai até a próxima segunda-feira (10). O trabalho ocupa o terceiro andar do CCBB BH com sete obras inéditas que homenageiam a grande estrela do sistema solar, e a visitação é gratuita.

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A exposição conta com a participação de oito artistas e estúdios de new media art, que usam a luz e arte digital como elementos primordiais para a concepção de suas obras, prometendo unir arte, tecnologia e sustentabilidade. As instalações possuem trilha sonoras autorais e projeções que evocam a poética do sol e colocam o participante como o centro da obra.

De acordo com Antônio Curti, cofundador e curador do estúdio de new media art que realiza a mostra, “as sete obras são diferentes, mas se complementam ao fazerem uma ode à principal estrela do sistema solar. Na exposição, ilustram o que acontece quando o Sol, transformado em luz artificial e eletricidade, é incorporado pela mente de um artista”, destaca.

Belo Horizonte encerra a itinerância da exposição, que já passou por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, reunindo mais de 325 mil visitantes. A exposição tem patrocínio do Banco do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Gratuitos, os ingressos podem ser retirados no site do CCBB BH.

Conheça as sete obras que integram a mostra imersiva

Foto: Divulgação/ AYA Studio

“Gênesis”, obra da AYA Studio, fundado por Felipe Sztutman e Antonio Curti, conta a história e influência do Sol, desde a sua origem até o seu papel fundamental na geração de eletricidade. Por meio de uma sala de projeção, os visitantes podem vivenciar a evolução e o poder do Sol, de uma forma lúdica, imersiva e sensorial – a trilha sonora original é da compositora Juvi Chagas. “Gênesis” ilustra como essa estrela central não apenas deu forma ao universo, mas também continua impactando a vida diária, a tecnologia e a sustentabilidade. 

“Fluido Solar”, da artista ERO, é uma obra participativa que representa a busca pela iluminação, destacando o contraste entre o desconhecido e a luz interior de cada ser humano. A peça artística desafia a bidimensionalidade ao flutuar no espaço central da sala, oferecendo raízes como conexão com a Terra e a natureza. Transformando-se em um espelho interativo, ela reflete a jornada de cada visitante, convidando-o à contemplação da própria essência e da luz interior. Essa experiência pessoal ressalta a autodescoberta como um processo íntimo e incentiva a partilha dessa luz para guiar outros em suas jornadas.

A obra “Continuum” usa dados em tempo real de fenômenos solares e meteorológicos captados via satélite. O espaço, criado pela Sala 28, de Junior Costa Carvalho e Rodrigo Machado, é composto por barras de LED endereçáveis, pixel a pixel. A luz transcende seu papel tradicional e torna-se a narradora de histórias cósmicas. Na obra, a luz é mais que um fenômeno: ela atua como a linguagem universal que convida o visitante a interagir e contemplar os ruídos de um universo sempre em movimento.

“Perihelion”, por sua vez, aborda o fenômeno da essencialidade na natureza. Assinada pelo artista Bruno Borne, a obra mostra o gradual processo de despojamento, de economia de recursos, para se voltar ao que é essencial. A exatidão dos ciclos e o fetiche das órbitas pulsam. O céu é captado, reprocessado e projetado, em tempo real, no interior da sala, como uma câmera obscura. Nesse engenhoso processo, relógios concêntricos são postos em ação. O primeiro, uma elipse, tem o ciclo de um minuto e vai da escuridão à luz intensa, com um som que, sinestesicamente, funciona como um sino de anunciação. O segundo dura uma hora, marcando a rotação em torno de um espelho convexo circular (espécie de Lua, que reflete e difunde a luz do céu no ambiente). O terceiro circuito se estende do solstício de verão até seu equinócio.

Foto: Divulgação/Bruno Borne

“Céu Zero”, obra criada pelo artista Matheus Leston, questiona a forma de ver as coisas, usando, como pano de fundo, o horizonte – linha que está sempre distante, separando o céu e a terra. A peça artística traz questões como: o que aconteceria se, de alguma maneira, nós conseguíssemos capturar o horizonte? O que aconteceria se, finalmente, ele estivesse ao nosso lado e na altura dos nossos olhos? Talvez assim fosse possível entender que o céu não é plano, como nos parece quando olhamos para cima. Talvez assim fosse possível entender que as coisas que vemos não acontecem apenas uma ao lado da outra, mas também uma atrás da outra. Talvez assim fosse possível ver a luz se espalhando e dominando o espaço.

Photosphere”, assinada pelo artista Vigas, mostra, por meio de uma tela circular, a dinâmica da fotosfera solar, com elementos e dados reais coletados do universo para criar padrões vibrantes e cores efêmeras. Sincronizada com uma trilha sonora original baseada em sons reais captados do espaço, a instalação estabelece uma conexão entre luz e som e transmite a intensa variação de energia solar. Os visitantes são convidados a mergulhar em uma jornada que capta a essência do Sol como fonte de vida e sua influência profunda sobre a Terra e suas criaturas. “Photosphere” é uma celebração sensorial que convida o público a contemplar a riqueza de significados que o Sol oferece, desde sua essência física até seu impacto na vida terrestre. 

Foto: Divulgação/Vigas

Acessibilidade

As sete obras que integram ‘Luz Æterna – Ensaio Sobre o Sol’ possuem audiodescrição e versão em Libras, disponível a partir de QR Codes em cada sala de exposição. A mostra também conta com um objeto tátil, que aquece a partir do toque do visitante, fazendo referência à obra “Fluido Solar”, da artista Ero.

Então, anota aí!

“LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol”

Local: Galerias do 3º Andar do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte – Praça da Liberdade, 450, Funcionários

Data: 11 de dezembro a 10 de fevereiro de 2025

Horário: Quarta-feira a segunda-feira, das 10h às 22h

Ingressos: Disponíveis em ccbb.com.br/bh e na bilheteria física do CCBB BH.

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