Milionários fogem da Bolsa e apostam em ativos alternativos

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Os investimentos alternativos são ativos que fogem do mercado financeiro tradicional, como ações e títulos públicos, e estão ligados à chamada economia real. Isso inclui ativos como private equity, commodities, investimentos imobiliários (Real State), créditos de carbono, criptomoedas e até mesmo colecionáveis, como obras de arte, vinhos e carros raros.

Esse tipo de investimento tem ganhado popularidade, especialmente com o avanço das fintechs e plataformas especializadas que facilitam o acesso a esses ativos. No Brasil, o setor cresceu significativamente nos últimos anos, movimentando bilhões de reais e atraindo investidores interessados na diversificação de suas carteiras.

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Como os investimentos alternativos se diferenciam dos tradicionais?

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Imagem: Wright Studio / shutterstock.com

A principal diferença entre os investimentos alternativos e os tradicionais está na forma de negociação e liquidez. Enquanto ativos convencionais são negociados em corretoras e na bolsa de valores, os alternativos são adquiridos por meio de fintechs, exchanges e fundos especializados.

Além disso, os investimentos alternativos tendem a ter liquidez menor e riscos elevados, mas, em contrapartida, oferecem retornos potencialmente maiores. Essa característica os torna atrativos para quem busca diversificação e oportunidades de ganhos diferenciados.

Principais tipos de investimentos alternativos

Private equity e venture capital

O private equity é o investimento em empresas de capital fechado, que ainda não negociam suas ações na bolsa de valores. Já o venture capital foca em startups e negócios inovadores, oferecendo capital para o crescimento dessas empresas.

Esses investimentos costumam ter prazos mais longos para gerar retorno, mas podem oferecer ganhos expressivos caso a empresa se torne bem-sucedida.

Fundos imobiliários e Real State

O setor imobiliário é um dos investimentos alternativos mais populares no Brasil. Fundos imobiliários e Real State permitem investir em empreendimentos sem a necessidade de comprar um imóvel físico, gerando rendimentos recorrentes por meio de aluguéis e valorização dos ativos.

Commodities e créditos de carbono

Investimentos em commodities incluem ativos como ouro, petróleo, grãos e metais preciosos. Eles são considerados proteções contra a inflação e crises econômicas. Já os créditos de carbono são uma forma de investimento sustentável, permitindo que empresas compensem suas emissões de CO₂ por meio de títulos negociáveis no mercado.

Criptomoedas e ativos digitais

As criptomoedas revolucionaram o mercado financeiro ao oferecer uma forma descentralizada de investimento. Bitcoin, Ethereum e outras moedas digitais se tornaram alternativas para investidores que buscam inovação e valorização de longo prazo.

Além disso, tokens e NFTs (Non-Fungible Tokens) abriram novas oportunidades no setor digital, permitindo investimentos em arte, jogos e colecionáveis.

Investimentos em colecionáveis

Itens raros como vinhos, carros clássicos, selos e obras de arte também são considerados investimentos alternativos. Esses ativos podem se valorizar com o tempo, mas exigem conhecimento do mercado e estratégias específicas de armazenamento e comercialização.

Vantagens e desvantagens dos investimentos alternativos

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Imagem: lovelyday12 / shutterstock.com

Vantagens

  • Diversificação: reduzir riscos ao distribuir o capital em diferentes tipos de ativos
  • Potencial de valorização: retornos mais altos do que investimentos tradicionais
  • Baixa correlação com o mercado: menos sensíveis a oscilações da bolsa de valores
  • Alternativas para proteção financeira: commodities e Real State são refúgios em momentos de crise

Desvantagens

  • Baixa liquidez: alguns ativos exigem um prazo maior para resgate
  • Maior risco: devido à volatilidade e imprevisibilidade de certos mercados
  • Complexidade: exige conhecimento aprofundado e análise criteriosa antes de investir

Como investir em ativos alternativos?

Para investir em investimentos alternativos, é essencial seguir algumas etapas:

  1. Avaliar seu perfil de investidor: entender sua tolerância ao risco e objetivos financeiros
  2. Estudar as opções disponíveis: pesquisar sobre cada ativo, seu funcionamento e histórico
  3. Escolher uma plataforma confiável: fintechs e exchanges especializadas oferecem segurança e credibilidade
  4. Diversificar os investimentos: não concentrar o capital em um único ativo para equilibrar riscos e retornos
  5. Monitorar constantemente: acompanhar o desempenho dos investimentos e adaptar estratégias conforme necessário

Investimentos alternativos são regulados?

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Sim. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regula boa parte dos investimentos alternativos, por meio da Instrução Normativa 588. Apenas plataformas autorizadas podem oferecer esse tipo de ativo ao mercado, garantindo maior transparência e segurança para os investidores.

Tributação sobre investimentos alternativos

A tributação varia conforme o tipo de ativo. Por exemplo:

  • Fundos imobiliários: são isentos de imposto de renda para pessoas físicas que investem em fundos com mais de 50 cotistas
  • Criptomoedas e NFTs: tributadas de acordo com o ganho de capital, podendo ser obrigatórias na declaração de Imposto de Renda
  • Private equity e venture capital: tributados conforme os lucros obtidos na venda da participação nas empresas

Antes de investir, é importante consultar um especialista ou contador para entender as obrigações fiscais.

Conclusão

Os investimentos alternativos são uma excelente opção para diversificação e podem oferecer altos retornos, mas exigem análise criteriosa e planejamento. Apesar dos riscos, a busca por esses ativos tem crescido, impulsionada por fintechs e novas tecnologias financeiras.

Para quem deseja investir com segurança, o ideal é estudar as opções, avaliar a liquidez e entender a tributação envolvida. Com uma estratégia bem definida, os investimentos alternativos podem se tornar um diferencial na carteira de qualquer investidor.

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