PF realiza operação contra furto de carga dos Correios; prejuízo ultrapassa R$ 35 milhões 

As compras pela internet já fazem parte do cotidiano de milhões de brasileiros, especialmente com o aumento da demanda no início da última década, potencializada pelo crescimento da abrangência de conexões de internet pelo país, bem como pela facilidade e comodidade de comprar qualquer item sem sair de casa. Mas com isso surgem também os riscos da compra não chegar ao destino diante do crescente número de encomendas que são extraviadas no caminho antes de serem entregues aos destionatários.A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a operação VAR, desarticulando uma organização criminosa especializada em furtos de cargas e encomendas. Foram cumpridos 42 mandados de prisão e 49 mandados de busca e apreensão nos municípios paraenses de Ananindeua, Belém, Benevides, Bragança, Capitão Poço, Castanhal, Marituba, Moju, Benevides e Igarapé-Açu; além de Maracaçumé, no Maranhão.CONTEÚDOS RELACIONADOSMulher é presa com cocaína no estômago no aeroporto de BelémComo foi o último edital da Polícia Federal? EntendaColombiana é presa no Aeroporto de Belém com cocaína na malaOs crimes eram cometidos contra a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que apoiou a ação por meio dos Setores de Segurança e Inteligência Coorporativa no Pará e em Brasília. Os prejuízos aos cofres públicos, pagos a título de indenizações, desde 2019, superam R$ 35 milhões.Os Mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará, que também determinou a suspensão das atividades de lojas que receptavam as cargas furtadas e o bloqueio judicial de valores, que se encontravam em conta dos investigados, com origem delitos praticados.Dentre os alvos de prisão, há 29 motoristas e ex-motoristas, que eram contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços para os Correios, em Linhas de Transporte Nacional com rotas entre São Paulo/SP e Belém/PA e São Paulo/SP e Marabá/PA.Quer saber mais de Pará? Acesse o nosso canal no WhatsAppDe acordo com a PF, com o tempo, os investigados se aperfeiçoaram em burlar os sistemas de segurança dos caminhões, como lacres e alarmes, para esconder sua participação nos crimes. As ações de furto visavam, principalmente, eletrônicos de maior valor agregado, como celulares, notebooks, tablets e TVs.A PF informou que as investigações também apontaram a existência de um esquema de receptação e distribuição destes itens, razão pela qual também foram realizadas buscas e apreensões em seis lojas de aparelhos eletrônicos, além de procedida a suspensão das atividades comerciais destes estabelecimentos e efetuada a prisão preventiva de seus proprietários.Um dos alvos de prisão já havia sido preso em 2021 pelo mesmo crime de receptação de cargas roubadas pelos correios e hoje teve duas de suas lojas, com suspeita de serem usadas também em receptação, fechadas pela PF.O nome da operação, VAR (Video Assistant Referee, o árbitro de vídeo), surgiu a partir do vocabulário usado pelos envolvidos no esquema de furto, que costumavam se referir ao crime usando termos do futebol.
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