Nubank (ROXO34) projeta lucro 46,6% maior; Entenda os fatores dessa alta

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O Nubank (ROXO34) está projetando um lucro ajustado de US$ 580 milhões para o quarto trimestre de 2024, o que representa um aumento de 46,6% em relação ao mesmo período de 2023.

No entanto, o banco observa uma leve queda de 2% quando comparado com o terceiro trimestre do ano passado. A divulgação do balanço será feita na quinta-feira, 20 de fevereiro, após o fechamento do mercado, e deve trazer mais detalhes sobre os fatores que impulsionaram esse crescimento.

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Fatores que impulsionaram o aumento no lucro

Nubank
Imagem: Tada Images / Shutterstock.com

A expectativa de crescimento significativo do lucro do Nubank no quarto trimestre de 2024 pode ser explicada por vários fatores. Entre eles, o crescimento da carteira de crédito da fintech, especialmente em mercados como o Brasil e o México, e a diversificação de suas fontes de receita.

No entanto, especialistas também alertam para alguns desafios que podem afetar o desempenho futuro do banco.

Crescimento da carteira de crédito

O aumento na carteira de crédito é um dos principais fatores que sustentam a projeção de alta no lucro. Segundo estimativas, o Nubank conseguiu expandir sua carteira de crédito no Brasil, especialmente no financiamento via Pix, um dos serviços de pagamento mais populares atualmente. A empresa tem se destacado por sua capacidade de oferecer soluções inovadoras e digitais para seus clientes, o que tem atraído uma base crescente de consumidores.

No entanto, a expansão da carteira de crédito também está sendo monitorada de perto por analistas, devido ao cenário macroeconômico. A equipe do Goldman Sachs, por exemplo, aponta que a depreciação de 14% do real no final do trimestre passado pode impactar o crescimento da carteira de crédito da fintech, resultando em uma possível queda no volume total de crédito. De acordo com o relatório do banco, a carteira sujeita a juros pode ter caído 5% no comparativo trimestral.

Desafios econômicos e o impacto do câmbio

O cenário macroeconômico no Brasil, que ainda enfrenta desafios como a inflação e a depreciação da moeda, também pode afetar os resultados do Nubank. Apesar de os números do quarto trimestre de 2024 serem positivos, o Bank of America (BofA) destaca que a desvalorização do real pode pressionar os resultados da empresa em termos de dólares. A fintech tem investido fortemente em sua expansão internacional, especialmente no México, e qualquer flutuação cambial pode impactar seu desempenho financeiro de forma significativa.

Além disso, os analistas do Goldman Sachs também levantam a questão da deterioração macroeconômica prevista para o Brasil em 2025. A expectativa de um ambiente mais desafiador no futuro pode fazer com que o crescimento da carteira de crédito seja mais modesto, o que geraria um impacto no crescimento da fintech.

Empréstimos pessoais e crescimento sustentável

Uma das áreas que mais tem gerado discussões entre analistas é o crescimento dos empréstimos pessoais do Nubank. O Itaú BBA, em seu relatório, destaca que o quarto trimestre de 2024 foi sazonalmente forte para volumes de cartões de crédito, com maior penetração de empréstimos pessoais. No entanto, o Itaú BBA também acredita que esse aumento no volume de empréstimos pessoais pode ser um caminho arriscado para o Nubank, visto que pode impactar seu crescimento futuro e aumentar as provisões.

Por outro lado, a estratégia de empréstimos pessoais é vista como uma maneira de diversificar as fontes de receita da fintech e reduzir sua dependência de outras linhas de negócio. Porém, analistas como o BofA acreditam que, mesmo com o crescimento da carteira de crédito, a fintech ainda precisa lidar com desafios como a expansão limitada das receitas com tarifas e a margem líquida de juros (NIM), que pode não ter crescido tanto quanto o esperado.

Expectativas do mercado e recomendações de analistas

Nubank
Imagem: Sidney de Almeida / shutterstock.com

O mercado está atento ao resultado do Nubank, com analistas de diferentes casas financeiras oferecendo diferentes perspectivas sobre a empresa. Enquanto o Goldman Sachs recomenda compra das ações do banco, apostando no crescimento da carteira de crédito e na expansão internacional, o Itaú BBA adota uma posição mais cautelosa, com recomendação “market perform”, apontando que a expansão de empréstimos pessoais pode ser arriscada para o crescimento de longo prazo da fintech.

Por outro lado, o Bank of America segue uma linha mais neutra, destacando o forte crescimento da carteira de crédito, mas com foco na necessidade de diversificação das receitas e no impacto da desvalorização do real. A diversificação no Brasil e a expansão no México são vistas como fatores chave para o futuro do banco.

O que esperar para o futuro do Nubank?

Com o cenário macroeconômico ainda incerto e com a fintech avançando em suas estratégias de expansão, a expectativa é de que o Nubank continue a apresentar crescimento em 2024. No entanto, o desempenho do banco no próximo ano dependerá da capacidade de equilibrar o crescimento da carteira de crédito com o controle de suas despesas operacionais e provisões.

Os investidores devem acompanhar de perto a estratégia do Nubank em relação ao financiamento via Pix e ao cenário econômico mais amplo. Apesar das dificuldades potenciais, o otimismo em torno da empresa pode continuar a impulsionar as ações no curto prazo.

Imagem: Divulgação/ Nubank

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