Jovem de Governador Valadares deportada dos EUA aconselha: ‘Não vá, porque não está entrando’

Mais um voo com deportados dos Estados Unidos chegou ao Brasil nesta sexta feira (21). Os 94 repatriados pousaram primeiro em Fortaleza antes de se encaminharem ao destino final: Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. Entre os passageiros estavam Carla de Andrade Coelho, que, aos 18 anos, decidiu tentar a vida no exterior.

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A investida, no entanto, foi por água abaixo após a posse de Donald Trump, atual presidente dos EUA. Em entrevista, a jovem relata que chegou ao país no dia 7 de dezembro de 2024, sendo presa pela imigração quase um mês depois, no dia 6 de janeiro deste ano.

“Foi horrível. Eles não davam comida para a gente, gritavam com a gente, faziam covardia, não deixavam a gente tomar banho. Ficamos até dois, três dias sem tomar banho. Deixaram a gente dormindo no chão”.

Dos 94 brasileiros que chegaram ao país por Fortaleza, no Ceará, 81 seguiram viagem para Minas Gerais. Dentre os deportados que desembarcaram no Aeroporto Internacional, na região metropolitana de Belo Horizonte, 9 crianças são crianças e 2, idosos.

A jovem diz que foi para continuar os estudos nos EUA e construir uma carreira por lá.

Depois do susto, Carla diz que pretende voltar para perto da família e manda um recado para quem estiver pensando em se mudar ilegalmente para os Estados Unidos: “Valadares, ‘tô’ voltando! Sofri demais naquele Estados Unidos, não quero voltar mais. E o conselho que eu dou: Não vá, porque não está entrando”.

Acolhimento

No Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, o grupo foi recebido na Sala de Autoridades, geralmente reservada a chefes de estado. O local foi transformado em um Posto de Acolhimento aos Repatriados, com acesso à água, alimentação, pontos de energia, internet e banheiro.

O secretário nacional de proteção e defesa dos direitos humanos, Bruno Renato, acompanhou a chegada dos brasileiros.
 

No local, foram disponibilizados canais para que os repatriados possam entrar em contato com familiares e obter orientações sobre serviços públicos de saúde, assistência social e trabalho como regularização vacinal e matrícula na rede de ensino.

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