Polícia Civil desarticula esquema de jogo do tigrinho e prende influenciadores de BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), deflagrou na quarta-feira (26) a operação Jackpot, visando desarticular um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro vinculado à exploração de jogos ilegais no Brasil. Dois influenciadores digitais, um homem e uma mulher, ambos de 24 anos, foram presos em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Investigações

As investigações tiveram início em outubro de 2024, conduzidas pela equipe da 3ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes (Deif), ligada ao Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes (Deccof). O levantamento indicou que os suspeitos promoviam plataformas ilegais de jogos de azar e utilizavam os recursos obtidos para lavagem de dinheiro. Foram identificadas movimentações financeiras suspeitas e ligações dos investigados com organizações criminosas responsáveis pela criação e manutenção dessas plataformas.

Durante a operação, os agentes cumpriram dois mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão. Entre os bens confiscados estão dois veículos de luxo, além de duas motocicletas. Também foram apreendidos diversos celulares e uma pistola calibre 9mm com 68 munições.

Vida extravagante

Os suspeitos utilizavam as redes sociais para divulgar um estilo de vida extravagante, exibindo carros de luxo e imóveis de alto padrão para atrair vítimas ao esquema fraudulento. De acordo com o delegado Anderson Kopke, essas práticas levam muitas pessoas em situação de vulnerabilidade emocional a acreditarem em promessas de ganhos fáceis, o que pode gerar graves impactos financeiros e pessoais.

A operação faz parte da política de combate aos jogos ilegais e à lavagem de dinheiro adotada pela Polícia Civil. Kopke destacou que, graças às ações policiais de 2024 e 2025, houve uma redução significativa na exploração desses jogos na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema, incluindo os responsáveis pela criação e manutenção das plataformas ilegais. Os presos foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça.

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