Encerramento de agências do Santander gera preocupação entre correntistas

Santander

Nos últimos anos, o setor bancário brasileiro tem passado por transformações significativas, com destaque para as mudanças implementadas pelo Santander. Este banco, que atende mais de 69,2 milhões de clientes em todo o país, segundo dados do Banco Central, tem adotado novas estratégias para se adaptar às demandas do mercado.

Em 2024, o Santander registrou um lucro líquido gerencial de R$ 10 bilhões nos primeiros nove meses, representando um crescimento de 40,5% em relação ao mesmo período de 2023. Apesar do desempenho positivo, o banco tem enfrentado críticas devido ao fechamento de agências bancárias e à priorização dos canais digitais.

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O impacto do fechamento de agências bancárias

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Imagem: Manuel Esteban / Shutterstock.com

O fechamento de agências bancárias tem gerado debates sobre o impacto no atendimento ao cliente. Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, destacou que a redução de postos de trabalho e o fechamento de agências afetam tanto clientes quanto funcionários.

Atualmente, o banco opera com 2.459 agências, uma redução de 78 unidades em um ano. Essa estratégia faz parte do modelo de “Multicanalidade”, que prioriza o atendimento digital, especialmente para clientes de alta renda. No entanto, essa mudança pode deixar uma parcela significativa da população sem acesso ao atendimento presencial.

Como os clientes estão sendo afetados?

Os impactos do fechamento de agências incluem:

  • Dificuldade no atendimento presencial: Pessoas que não possuem familiaridade com o digital enfrentam desafios para resolver problemas bancários.
  • Aumento da espera no atendimento virtual: Muitos clientes relatam tempos de espera maiores nos canais digitais e telefônicos.
  • Diminuição de empregos bancários: A redução no número de agências também significa cortes de funcionários, afetando o mercado de trabalho.

A digitalização bancária e o papel do Banco Central

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Imagem: Brenda Rocha – Blossom /Shutterstock.com

Essa tendência não é exclusiva do Santander. Outros bancos, como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, também estão investindo fortemente na digitalização dos serviços. Um dos exemplos mais bem-sucedidos nesse modelo é o Nubank, que opera exclusivamente por meio de aplicativos e tem atraído milhões de clientes.

O Banco Central do Brasil, que faz parte do Conselho Monetário Nacional, regula o setor bancário, mas não interfere diretamente nas decisões de fechamento de agências. Cada banco tem autonomia para definir suas estratégias de operação e atendimento, desde que siga as normas estabelecidas pelo órgão regulador.

O futuro do setor bancário: o que esperar?

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Imagem: Divulgação / Agência Brasil

O setor bancário no Brasil está se tornando cada vez mais digital. Os investimentos em tecnologia visam melhorar a experiência do cliente e reduzir custos operacionais. No entanto, a transição para um modelo predominantemente digital ainda gera preocupações.

Desafios para os próximos anos

  • Garantir inclusão financeira: Nem todos os clientes têm acesso a smartphones ou internet de qualidade, o que pode dificultar o acesso a serviços bancários.
  • Segurança digital: Com o crescimento das operações online, os bancos precisam reforçar a segurança contra fraudes e golpes.
  • Equilíbrio entre tecnologia e atendimento humano: Embora a digitalização seja benéfica, manter um atendimento acessível e de qualidade para todos os clientes continua sendo um desafio.

Conclusão

O Santander e outros bancos continuam apostando na digitalização, mas essa mudança gera preocupações sobre inclusão financeira e qualidade do atendimento. A redução de agências pode otimizar custos, mas dificulta o acesso de quem depende do atendimento presencial.

Nem todos os clientes têm acesso fácil a serviços digitais, e os bancos precisam equilibrar inovação com acessibilidade. Além disso, a segurança de dados e a proteção contra fraudes são desafios que exigem investimentos constantes.

O futuro do setor bancário depende da capacidade de modernizar sem excluir clientes, garantindo que a tecnologia facilite o acesso a todos.

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