PF prende criminosos que usavam credenciais de gerentes da Caixa e deram prejuízo de R$ 10 milhões

A Polícia Federal deflagrou, nessa quarta-feira (19), operação para desarticular um esquema de fraude bancária contra a Caixa Econômica Federal (CEF), que resultou em prejuízo superior a R$ 10 milhões. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte e Salvador (BA), com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa composta por 21 investigados.

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De acordo com a PF, os criminosos se apropriavam, de forma indevida, das credenciais de gerentes da Caixa para acessar sistemas eletrônicos da instituição e cancelar, de forma ilegal, empréstimos consignados contratados por servidores públicos. Centenas de contratos fraudulentos foram identificados no curso da apuração.

Ainda segundo as investigações, foi montado um esquema de “portabilidade de consignados”, oferecendo aos servidores públicos a promessa de quitação de empréstimos antigos e liberação de valores adicionais. No entanto, após a contratação de novos empréstimos, os contratos eram registrados como quitados de forma fictícia, o que permitia a liberação de novas margens para a contratação de mais financiamentos.

Como resultado, segundo a PF, os servidores acabavam acumulando duas dívidas simultâneas, comprometendo ainda mais sua saúde financeira.

Os crimes praticados pela organização criminosa incluem:

  • Estelionato: Mais de 200 servidores públicos estaduais e municipais foram vítimas da fraude, enganados quanto à quitação de seus empréstimos e transferindo altas quantias de dinheiro para os criminosos.
  • Invasão de dispositivo informático: Acesso ilegal às contas de gerentes da CEF, com a obtenção indevida de suas senhas para manipulação dos sistemas de consignação.
  • Estelionato contra a Caixa Econômica Federal: Uso indevido das credenciais dos gerentes para inserir informações falsas no sistema e realizar a desaverbação ilegal de centenas de contratos.
  • Organização criminosa: A estrutura criminosa contava com divisão de tarefas e uma operação sistemática para obter lucros ilícitos.
    Caso sejam condenados, os envolvidos poderão cumprir penas de até 26 anos de prisão por cada contrato fraudado.
    A PF reforça a importância de se tomar precauções ao contratar empréstimos. A população deve sempre recorrer a instituições financeiras regulamentadas e evitar intermediários desconhecidos. Antes de firmar qualquer contrato, é fundamental que o cidadão verifique diretamente com seu banco de origem a legitimidade da operação, garantindo que não esteja sendo enganado. Desconfie de ofertas que prometem quitação de dívidas e liberação imediata de valores sem comprovação documental ou bancária.
    Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais

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