Saiba como fica a poupança com a taxa Selic em 14,25%

Cofre de porquinho sorrindo com uma pilha de moedas ao lado representando a poupança selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou um aumento na taxa básica de juros (Selic), que agora atinge 14,25% ao ano. Essa decisão faz parte da estratégia do Banco Central para controlar a inflação, tornando o crédito mais caro e desestimulando o consumo. No entanto, a elevação da Selic também afeta diretamente o mercado de investimentos, especialmente as aplicações de renda fixa, que tendem a se tornar mais atraentes devido à correção atrelada aos juros.

Além disso, a rentabilidade da poupança, que possui regras específicas de rendimento atreladas à taxa Selic, também sofre alterações, influenciando as escolhas dos investidores. Diante desse cenário, é essencial entender como esse novo patamar de juros impacta diferentes modalidades de investimento e quais podem ser as melhores alternativas para preservar e aumentar o patrimônio.

O que acontece com a poupança?

várias notas de R$ 100 e R$ 200 espalhadas herança na poupança selic
Imagem: rafastockbr/shutterstock.com

A poupança continua seguindo a regra estabelecida para os momentos em que a Selic está acima de 8,5% ao ano: rendimento fixo de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR). Com a TR voltando a ter valores positivos, a caderneta de poupança passa a render aproximadamente 7,23% ao ano.

Leia mais: Copom aumenta taxa de juros básicos da economia para 14,25% ao ano

Vale a pena manter dinheiro na poupança?

Embora a poupança tenha o benefício de isenção de imposto de renda e liquidez imediata, seu rendimento segue abaixo de outras opções de renda fixa que acompanham mais diretamente a Selic.

Opções de investimento com maior rendimento

Os investidores que buscam melhores retornos podem considerar outras alternativas de renda fixa, como CDBs, fundos DI e o Tesouro Selic. Esses investimentos acompanham a alta da taxa de juros e podem oferecer retornos superiores.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público federal que rende próximo à taxa básica de juros. Considerando a tributação do imposto de renda, seu rendimento líquido pode chegar a 11,32% ao ano.

CDBs atrelados ao CDI

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são outra opção de investimento e costumam pagar um percentual do CDI, que está diretamente relacionado à Selic. Com a alta dos juros, bancos oferecem CDBs que rendem entre 100% e 130% do CDI, o que equivale a um retorno de 8,49% a 13,02% ao ano já considerando a tributação.

Comparativo de rendimentos

Para entender melhor o impacto da alta da Selic nos investimentos, veja quanto R$ 1.000 rendem em diferentes aplicações no período de um ano:

Investimento Rendimento anual (%) Valor final em 1 ano
Poupança 7,23% R$ 1.072,30
Tesouro Selic 11,32% R$ 1.113,20
CDB (100% a 130% do CDI) 8,49% a 13,02% R$ 1.084,90 a R$ 1.130,20

Qual é o ganho real descontada a inflação?

poupança
Imagem: d.ee_angelo / shutterstock.com

Para avaliar o retorno real dos investimentos, é essencial considerar a inflação, que impacta diretamente o poder de compra do dinheiro. Segundo projeções do Boletim Focus, a inflação esperada para 2025 é de 5,66%.

Investimento Rendimento Real (%) Ganho real (R$ 1.000 aplicados)
Poupança 1,49% R$ 1.014,90
Tesouro Selic 5,36% R$ 1.053,60
CDB (100% a 130% do CDI) 2,68% a 6,96% R$ 1.026,80 a R$ 1.069,60

Considerações finais

A alta da Selic torna investimentos de renda fixa mais atrativos, especialmente aqueles atrelados ao CDI ou diretamente à taxa básica de juros. Enquanto a poupança continua sendo uma opção segura e isenta de imposto, seu rendimento é inferior ao de outras aplicações, como o Tesouro Selic e os CDBs.

Dessa maneira, os investidores que buscam melhor rentabilidade sem abrir mão da segurança devem considerar alternativas como o Tesouro Selic ou CDBs de bancos sólidos, garantindo um retorno maior e protegendo o poder de compra contra a inflação.

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