Saiba como ficam os investimentos com a taxa Selic em 14,25%

Selic

Após a recente decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic para 14,25% tem gerado grande atenção no mercado financeiro e nos investidores. Com essa alta, a rentabilidade das opções de renda fixa tende a subir, o que pode afetar diretamente as escolhas de quem busca segurança e estabilidade para seus investimentos.

Neste artigo, vamos analisar como essa mudança impacta as principais modalidades de aplicação, como Tesouro Selic, CDBs e a tradicional poupança. Além disso, discutiremos como os investidores podem otimizar seus rendimentos, considerando o cenário da inflação para 2025.

Alta da Selic

Taxa Selic
Imagem: rafastockbr/shutterstock.com

A taxa Selic é um dos principais indicadores da economia brasileira. Quando o Banco Central decide elevar a Selic, isso sinaliza uma tentativa de controle da inflação, e também impacta diretamente a rentabilidade de diversos investimentos. Para os investidores, essa mudança tem uma série de implicações, principalmente no que se refere aos investimentos de renda fixa.

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Como a taxa afeta os investimentos?

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia, definida pelo Banco Central. Ela influencia o custo do crédito no país e é uma referência para as taxas de juros de diversas modalidades de investimentos. Com a Selic mais alta, os rendimentos de opções como o Tesouro Selic, CDBs e fundos DI tendem a aumentar, tornando-se mais atraentes para quem deseja fugir da volatilidade do mercado de ações.

Com a Selic a 14,25% ao ano, os investimentos atrelados a esse índice apresentam rendimentos mais altos. A rentabilidade de títulos como o Tesouro Selic, os CDBs e até os fundos DI ficam mais atraentes, especialmente quando comparados a outras opções de investimentos mais arriscados.

Como ficam os investimentos com a Selic em 14,25%?

O impacto da Selic a 14,25% pode ser observado principalmente nas aplicações de renda fixa. Vamos explorar as rentabilidades de diferentes investimentos e entender o que você pode esperar ao aplicar R$ 1.000 nesses produtos.

Poupança

A tradicional caderneta de poupança, embora não seja a opção mais rentável, ainda é uma escolha popular entre os investidores mais conservadores. Com a Selic a 14,25%, o rendimento da poupança está em 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), o que, em termos anuais, representa uma rentabilidade de 7,23% ao ano.

Rendimento da Poupança:

  • Valor aplicado: R$ 1.000
  • Rendimento anual: R$ 72,30
  • Imposto de Renda: Isento
  • Valor final após um ano: R$ 1.072,30

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é uma das alternativas mais seguras para quem busca seguir a evolução da Selic. Este título público federal, que acompanha a taxa básica de juros, oferece rendimentos mais elevados com baixo risco. Com a Selic a 14,25%, o rendimento do Tesouro Selic fica em 11,32% ao ano.

Rendimento do Tesouro Selic:

  • Valor aplicado: R$ 1.000
  • Rendimento anual: R$ 113,20
  • Imposto de Renda: 20% (se resgatado após 180 dias)
  • Valor final após um ano (desconto de IR): R$ 1.113,20

CDBs

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) também acompanham a Selic, mas suas rentabilidades podem variar dependendo do banco emissor. Com a taxa Selic em 14,25%, os CDBs oferecem rendimentos que vão de 8,49% a 13,02% ao ano, dependendo das condições oferecidas pelos bancos. O rendimento após o imposto de renda pode ser significativamente atrativo, especialmente para quem opta por prazos mais longos.

Rendimento do CDB:

  • Valor aplicado: R$ 1.000
  • Rendimento anual (com IR de 20%): R$ 84,90 a R$ 130,20
  • Valor final após um ano (desconto de IR): Entre R$ 1.084,90 e R$ 1.130,20

Qual o ganho real descontada a inflação?

É importante que os investidores considerem não apenas a rentabilidade bruta de suas aplicações, mas também o impacto da inflação no rendimento real. A expectativa de inflação para 2025 é de 5,66%, conforme o Boletim Focus do Banco Central. Com isso, o rendimento real, ou seja, o retorno após o desconto da inflação, será menor do que o valor nominal dos rendimentos.

Rendimento real com desconto da inflação

Vamos analisar quanto o investidor realmente ganha ao descontar a inflação de 5,66% para 2025.

Poupança:

  • Rendimento nominal: 7,23% ao ano
  • Rendimento real (descontada a inflação de 5,66%): 1,49% ao ano
  • Valor final: R$ 1.014,90

Tesouro Selic:

  • Rendimento nominal: 11,32% ao ano
  • Rendimento real (descontada a inflação de 5,66%): 5,36% ao ano
  • Valor final: R$ 1.053,60

CDB:

  • Rendimento nominal: Entre 8,49% e 13,02% ao ano
  • Rendimento real (descontada a inflação de 5,66%): Entre 2,68% e 6,96% ao ano
  • Valor final: Entre R$ 1.026,80 e R$ 1.069,60

Qual a melhor opção de investimento com a Selic a 14,25%?

Copom
Imagem: Miha Creative / shutterstock.com

Embora a poupança ainda seja uma opção segura, ela continua perdendo para outras alternativas de investimento quando o assunto é rentabilidade. O Tesouro Selic oferece uma boa relação entre segurança e rendimento, especialmente para quem busca liquidez diária. Já os CDBs podem ser uma excelente opção, oferecendo uma rentabilidade mais atrativa, especialmente se o investidor tiver uma boa relação com o banco emissor e optar por prazos mais longos.

Investir em ativos que protejam o poder de compra do seu dinheiro é fundamental. Embora a Selic a 14,25% ofereça rendimentos mais elevados, a inflação ainda representa uma ameaça significativa ao poder aquisitivo dos investidores. Investimentos como o Tesouro IPCA+ podem ser uma boa alternativa, pois garantem a rentabilidade acima da inflação.

Considerações finais

A alta da Selic para 14,25% impacta diretamente o mercado de investimentos, tornando as opções de renda fixa mais atraentes para quem busca maior segurança. Contudo, é fundamental que os investidores considerem a inflação ao analisar o rendimento real de suas aplicações. Em um cenário de alta inflação, escolher corretamente entre Tesouro Selic, CDBs e até alternativas como o Tesouro IPCA+ pode ser o diferencial para alcançar rentabilidade real positiva em 2025.

Se você busca otimizar seus investimentos, é importante acompanhar o cenário econômico e ajustar sua estratégia conforme as mudanças na taxa Selic e na inflação.

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