Alimento essencial da mesa do brasileiro tem queda de quase 50% no preço

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Nos últimos meses, os preços do feijão-preto têm atraído a atenção dos consumidores brasileiros, especialmente pela vantagem em relação ao feijão-carioca, tradicionalmente mais consumido no país.

Essa diferença de preços é resultado de uma intensa colheita da variedade preta nos estados da Região Sul, especialmente no Paraná, o maior produtor de feijão do Brasil.

A previsão é que os preços continuem caindo, tornando o feijão-preto ainda mais atrativo para os consumidores a partir de abril, com o início da segunda safra na região Centro-Sul.

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Diferença de Preço: Feijão-Preto vs Feijão-Carioca

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Imagem: akram_designer – Freepik

Dados recentes do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) mostram que, atualmente, a saca de 60 quilos de feijão-preto está sendo comercializada com uma diferença de 20% a 30% a menos do que a saca equivalente de feijão-carioca. Essa redução de preço fez com que o feijão-preto se tornasse uma alternativa viável para muitas famílias, especialmente em tempos de inflação alta e aumento nos custos de alimentos.

Historicamente, essa diferença de preços tem sido suficiente para atrair consumidores que antes preferiam o feijão-carioca. Além disso, com a expectativa de uma redução na oferta de feijão-carioca nos próximos meses, a tendência é que o consumo de feijão-preto aumente ainda mais.

Preços do Feijão em 2025: Tendências e Expectativas

A queda nos preços do feijão, especialmente do feijão-preto, tem sido uma boa notícia para o bolso do consumidor. Segundo o Ibrafe, os preços do feijão-carioca em fevereiro de 2025 apresentaram uma redução de 29% em comparação com o mesmo período de 2024. Já o feijão-preto viu uma queda ainda mais expressiva, com uma redução de 42% nos preços.

Essa diminuição no preço do feijão tem ajudado a amenizar a inflação dos alimentos, beneficiando as famílias que já enfrentam o aumento nos custos de outros itens essenciais. A expectativa é que os preços continuem em queda até o final da safra 2024/2025, o que pode ajudar a manter os custos mais baixos para os consumidores.

A Produção de Feijão no Brasil: O Papel das Safras e da Colheita

Imagem de um prato sobre uma mesa de madeira. Nele tem metade arroz e metade feijão. Ao lado, um ramo de alecrim.
Imagem: WS-Studio / Shutterstock

A produção de feijão no Brasil é dividida em várias safras ao longo do ano, com destaque para a safra de verão, a terceira safra e a segunda safra. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de feijão no país em 2024/2025 deverá alcançar 3,3 milhões de toneladas, um aumento de 1,5% em relação ao ciclo anterior.

Esse crescimento deve ser impulsionado, principalmente, pela boa colheita de feijão-preto nas regiões Sul e Centro-Sul do país.

Apesar de a Conab projetar uma diminuição de 7,3% na terceira safra, os produtores esperam que o governo federal entre no mercado para comprar feijão-preto e recompor os estoques reguladores, o que ajudaria a controlar os preços. Essa intervenção seria uma forma de equilibrar o mercado e evitar prejuízos para os agricultores, além de garantir que o preço do feijão não suba abruptamente.

Colheita do Feijão: Expectativa para a Segunda Safra de 2025

A segunda safra de feijão, que começa em abril nos estados do Centro-Sul, deverá ser fundamental para equilibrar a oferta e a demanda no mercado de feijão. Estima-se que a colheita alcance cerca de 493 mil toneladas de feijão-preto, o que ajudará a recompor os estoques e, possivelmente, a reduzir os preços.

A colheita da segunda safra está sendo acompanhada com atenção pelos produtores, já que o clima e as condições agrícolas podem impactar diretamente na quantidade e na qualidade do produto. Se a safra for bem-sucedida, é esperado que os preços continuem em queda, beneficiando tanto os consumidores quanto os agricultores.

O Consumo de Feijão no Brasil

O Brasil é um dos maiores consumidores de feijão do mundo, com um consumo anual médio de 3 milhões de toneladas. O feijão-preto, tradicionalmente associado à feijoada, é a variedade mais consumida nas regiões Sul e Sudeste, enquanto o feijão-carioca é mais comum nas demais regiões do país.

Com as mudanças nos preços, muitos consumidores podem migrar para o feijão-preto, especialmente com a diminuição da oferta de feijão-carioca. A migração de consumo, aliada à queda dos preços, pode resultar em um aumento no consumo de feijão-preto, o que é positivo para os produtores dessa variedade.

Exportações de Feijão: O Desempenho no Mercado Externo

Além de atender ao mercado interno, o Brasil também tem se destacado como exportador de feijão. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Governo Federal, as exportações de feijão em fevereiro de 2025 atingiram 14,9 mil toneladas, o maior volume para o mês desde 1997. Nos últimos 12 meses, o Brasil exportou 388,2 mil toneladas de feijão, um número recorde.

Esse desempenho no mercado externo é um reflexo da qualidade do feijão brasileiro e da competitividade dos preços. A exportação de feijão tem sido um fator importante para o crescimento da indústria nacional, garantindo uma fonte de receita adicional para os produtores e ajudando a equilibrar a oferta e a demanda no mercado interno.

O Impacto da Intervenção do Governo no Mercado de Feijão

Embora os preços do feijão estejam mais baixos, a intervenção do governo federal pode ser crucial para garantir que os preços permaneçam estáveis. A compra de feijão-preto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) seria uma forma de manter os preços sob controle e evitar variações abruptas que possam prejudicar tanto os consumidores quanto os produtores.

Para os agricultores, a intervenção governamental é vista como uma maneira de manter os preços justos e evitar perdas financeiras em um cenário de colheita mais baixa. Além disso, a manutenção de estoques reguladores é uma estratégia importante para garantir a segurança alimentar e a estabilidade do mercado.

O Futuro do Feijão no Brasil

Os preços do feijão-preto mais baixos que os do feijão-carioca e a expectativa de uma boa colheita para a segunda safra indicam que o feijão continuará sendo uma opção acessível para os consumidores brasileiros em 2025. A queda nos preços do feijão, especialmente do feijão-preto, tem ajudado a reduzir a inflação dos alimentos e deve continuar a beneficiar as famílias.

Além disso, o desempenho das exportações e a intervenção do governo podem contribuir para a estabilidade do mercado. Com a continuidade da colheita e o controle das ofertas e estoques, é possível que o Brasil continue a ser um dos maiores produtores e exportadores de feijão no mundo, mantendo o feijão como um alimento essencial para os brasileiros.

Se você é consumidor de feijão, vale a pena ficar atento às tendências de preços e à evolução da safra para aproveitar as oportunidades que surgem no mercado.

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