Breque dos Apps: entregadores pedem melhores condições de trabalho em BH

Entregadores de Belo Horizonte se mobilizaram em protesto para pedir melhorias nas condições de trabalho nesta segunda-feira (31). Os manifestantes se concentraram na Praça da Estação, região Central de BH, e seguiram em direção à Praça da Savassi, reivindicando aumento na remuneração e direitos trabalhistas dos aplicativos.

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“A nossa principal reivindicação é o aumento da taxa. O iFood está há três anos sem aumentar a taxa de entrega para nós e um problema que também acontece muito é a entrega agrupada, que é quando a gente recebe duas entregas na nossa tela, mas no financeiro a gente recebe por uma, enquanto o iFood cobra dos dois clientes a taxa integral”, comenta Jessica Magalhães, presidente do Minas no Trecho, grupo exclusivo de “motogirls” de BH e Região Metropolitana.

O movimento faz parte da ação “Breque dos Apps”, que une entregadores de todo o Brasil em paralisação nesta segunda (31) e também na terça-feira (1°). A manifestação seguiu ainda para shoppings e lojas de fast food em diferentes pontos da cidade.

Em nota enviada ao BHAZ, o iFood alega que “respeita o direito à manifestação pacífica e à livre expressão dos entregadores e entregadoras. Ainda conforme a empresa, os ganhos dos entregadores foram reajustados ao longo dos últimos três anos. Veja o texto completo abaixo.

Gustavo Túlio, liderança dos motoboys em BH enfatiza: “Nós somos o maior patrimônio do aplicativo, o aplicativo não é nada sem a gente. Estamos aqui para lutar pela valorização da classe e melhoria das taxas. A nossa classe é muito marginalizada aqui em BH, é muito desrespeitada”.

Outro pedido é para os ciclistas que fazem entregas. Sem uma limitação adequada na quilometragem, eles chegam a percorrer cerca de 7 km por entrega. Segundo Jéssica, os entregadores reivindicam um aumento na tarifa, de R$ 6,50 para R$ 10 por quilômetro rodado.

“Queremos que o ifood abra um diálogo conosco. Nós somos trabalhadores, queremos ser respeitados e sermos reconhecidos. Essas plataformas precisam nos respeitar enquanto trabalhador já que o custo e o risco de estar na rua é todo nosso. Eles não arcam com nenhuma questão trabalhista, então só queremos uma remuneração justa”, completou Jéssica.

Nota do iFood na íntegra

O iFood respeita o direito à manifestação pacífica e à livre expressão dos entregadores e entregadoras. Como empresa brasileira e ciente do seu papel na geração de oportunidades, desde 2021, nos dedicamos à criação de uma agenda sólida e permanente de diálogo com os entregadores parceiros e representantes da categoria, para o aprimoramento de iniciativas que garantam mais dignidade, ganhos e transparência para estes profissionais.

Estamos atentos ao cenário econômico e estudando a viabilidade de um reajuste para 2025. É importante ressaltar que, nos últimos três anos, os ganhos dos entregadores foram aumentados de várias maneiras:

  • 2022: Aumento do valor mínimo da rota em 13%, de R$5,31 para R$6,00, e do valor por quilômetro rodado em 50%, de R$1,00 para R$1,50;
  • 2023: Reajuste da taxa mínima em 8,3%, de R$6,00 para R$6,50, acima da inflação do período (3,74% pelo INPC);
  • 2024: Introdução de adicional de R$3,00 por entrega extra em rotas agrupadas.

O ganho bruto por hora trabalhada hoje no iFood é quatro vezes maior do que o ganho do salário mínimo-hora nacional. De 2022 até 2024, os ganhos líquidos médios por hora trabalhada na plataforma foram 2,2 vezes superiores ao salário mínimo-hora, de acordo com os custos apontados em pesquisa realizada pelo Cebrap em 2023.

Além disso, todos os entregadores parceiros do iFood têm acesso a seguro pessoal gratuito para casos de acidentes durante as entregas, planos de saúde, programas de educação, além de apoio jurídico e psicológico para casos de discriminação, assédio ou agressão sofridos pelos profissionais de delivery.

Ao mesmo tempo, reforçamos que é importante  respeitar o funcionamento dos estabelecimentos parceiros e garantir a livre circulação de funcionários e da população em geral, conforme previsto na Constituição, sempre prezando por um ambiente seguro e livre de qualquer tipo de violência.

O iFood segue disponível para o diálogo com os entregadores na busca por melhorias para os profissionais e para todo o ecossistema”.

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