
A Furukawa Electric anunciou a integração de suas operações globais sob a nova marca Lightera, movimento que visa otimizar a eficiência e ampliar o acesso a soluções de fibra óptica em mercados estratégicos, incluindo a América Latina.
Em um contexto de crescente disputa comercial e guerra tarifária, a exemplo do “Liberation Day” de Donald Trump e o anúncio do “tarifaço” nesta quarta-feira (2) a diversos países do mundo – incluindo o Japão, país de origem da empresa – esta é uma aposta que pode reforçar sua posição global e consolidar sua atuação na região latina.
Segundo o chairman e CEO da Lightera, Foad Shaikhzadeh, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (3), a nova estrutura busca reduzir a competição interna e fortalecer a coordenação entre diferentes frentes de produção.

“Antes, as unidades da Furukawa no Japão, Estados Unidos e América Latina atuavam de forma independente, cada uma especializada em soluções específicas. Agora, com a integração, todas as inovações desenvolvidas regionalmente estarão disponíveis globalmente, sem restrição geográfica”, reiterou.
Na prática, isso significa que tecnologias como os cabos de alta densidade do Japão, as fibras especiais dos EUA (com espaçamentos internos que reduzem a latência) e os sistemas FTTH desenvolvidos na América Latina passam a ser acessíveis para todos os mercados.
Essa estratégia pode impulsionar inovações de fibra óptica na América Latina, ao mesmo tempo que torna a Lightera mais competitiva frente aos desafios impostos por tarifas e barreiras comerciais. “A guerra tarifária incomoda, mas sentimos que estamos bem posicionados no mercado global”, afirmou Shaikhzadeh.
Por fim, a sede e liderança da empresa continuará centrada no Japão, mas com a liderança do chairman brasileiro e Holly Hulse como Presidente e COO.