Cirurgia de desobstrução intestinal de Bolsonaro já dura mais de 8 horas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passa por cirurgia neste domingo (13) por causa de uma obstrução intestinal.O procedimento está sendo realizado no hospital DF Star, em Brasília.No final da tarde, pouco antes das 18h, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, em uma rede social, que a “cirurgia continua”, que “os marcadores [de Bolsonaro] estão normais e o quadro segue estável”.”A equipe médica informou que ainda há uma previsão de mais 1 a 2h de procedimento”, escreveu. A cirurgia começou pouco depois das 10h.Mais cedo, Michelle informou também na rede social que a família foi informada pela equipe médica que seria “uma cirurgia longa”, pois o ex-presidente “está com muitas aderências”.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Distensão abdominal: entenda o quadro de Jair Bolsonaro após nova internaçãoBolsonaro passa por nova cirurgia após obstrução intestinalÀs 14h28, o pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, postou em rede social que o procedimento corria bem e que a previsão era de que durasse mais quatro horas —o que daria cerca de oito horas e meia no total. Ele disse ter recebido o aval de Michelle para publicar a informação.Pela manhã, em mensagem enviada a deputados e senadores aliados via WhatsApp, Bolsonaro disse que, a partir das 8h, seria realizada a nova cirurgia, “ainda decorrente da facada de 06/set/2018″.”Ao meu lado o Bispo JB Carvalho e bons médicos e enfermeiros. Se Deus quiser tudo ocorrerá bem”, escreveu Bolsonaro.Na última sexta-feira (11), Bolsonaro foi levado de helicóptero ao hospital na capital do Rio Grande do Norte. Ele estava no interior do estado para um evento do seu partido, o PL, em favor da anistia aos manifestantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsAppA nova internação acontece mais de seis anos após a facada que Bolsonaro levou na barriga durante a campanha eleitoral de 2018, que atingiu seu intestino. O ex-presidente foi operado no dia do atentado, em Juiz de Fora (MG), e ao longo dos anos seguintes passou por mais quatro procedimentos no abdômen.Por voltas das 10h20, o DF Star divulgou nota na qual afirma que exames laboratoriais e de imagem realizados no ex-presidente evidenciaram “persistência do quadro de subobstrução intestinal, apesar das medidas iniciais adotadas”.”As equipes que o assistem optaram de comum acordo pelo tratamento cirúrgico. Ele está sendo submetido neste momento ao procedimento cirúrgico de laparotomia exploradora, para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal”, diz o comunicado.Em uma rede social, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), citou “oração” e “força” ao ex-presidente, além de desejar pronta recuperação ao aliado.Às 18h, um grupo de apoiadores que estava em frente ao hospital passou a rezar por Bolsonaro. A reportagem contou 23 pessoas envolvidas na oração —na noite de sábado (12), quando o político chegou ao hospital, havia 8 apoiadores. O líder religioso do grupo anunciava que haveria outras rezas às 21h e meia-noite.Um homem usava uma camiseta preta com os dizeres “Força Bolsonaro” escritos em amarelo nas costas. Havia algumas bandeiras do Brasil, e uma das apoiadoras exibia uma toalha com a imagem do ex-presidente.Uma hora depois da oração, por volta das 19h, o grupo de apoiadores havia crescido para cerca de 50 pessoas.No sábado (12), o ex-presidente disse no X, antigo Twitter, que foi “internado às pressas” com “dores intensas e uma forte distensão abdominal”.Ele também afirmou, na mesma postagem, que talvez não tenha percebido na hora a gravidade do caso: “O doutor Claudio Birolini me explicou que esse foi o quadro mais grave desde o atentado que quase me tirou a vida”, escreveu. “Após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia”, declarou.O ex-presidente viajou de Natal a Brasília em um avião com equipamentos de UTI. Ele deixou o hospital andando e acenou a apoiadores, mas tinha um pequeno tubo preso ao nariz, e dois homens seguravam sua camisa pelas costas.A transferência para Brasília foi uma decisão de Michelle Bolsonaro, mulher do ex-presidente. Aliados defendiam que ele fosse para São Paulo, e o próprio Bolsonaro mencionou essa possibilidade em redes sociais.O ex-presidente deverá passar os próximos dias acompanhado de Michelle e de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que moram em Brasília. Aliados preveem ter pouco acesso ao político no período.No texto da manhã deste domingo, Bolsonaro comentou a anistia a réus do 8 de janeiro, prevista em projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados.”Modular a pena da Débora (batom), passando de 14 para 10 anos de prisão continua sendo uma brutal injustiça, já que seu crime é impossível”, afirmou.”Imaginemos a cena: a Polícia Federal arrancando a Débora de casa, com seus filhos de 10 e 7 anos chorando, sendo levada de volta à penitenciária.”O ex-presidente pediu aos destinatários da mensagem que a repassasse “para aqueles que são contra à anistia humanitária”.
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