‘Cemitério de calotas’: por que existem milhares de peças amontoadas na rodovia SP-125?

Ao viajar pelo litoral paulista, muitos se deparam com uma visão inusitada: um verdadeiro “cemitério” de calotas automotivas. Esse fenômeno ocorre principalmente na rodovia SP-125, também conhecida como Oswaldo Cruz, que conecta Taubaté a Ubatuba.

A cada mês, cerca de 2.000 calotas são recolhidas das margens da estrada. Essas peças, desprendidas durante a descida da serra, representam um risco ao se acumularem no acostamento. O Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) reconhece a importância de removê-las.

O DER-SP destaca a preocupação com o impacto ambiental. A estrada atravessa áreas de Mata Atlântica, e a presença das calotas pode danificar o ecossistema. Por isso, catadores desempenham um papel vital ao recolher semanalmente as peças ao longo dos 8 km críticos da estrada.

Presença excessiva de calotas pode atrapalhar não só a segurança dos motoristas na estrada, como também prejudicar o ecossistema da região (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Desafios da SP-125

A rodovia Oswaldo Cruz se destaca entre as estradas paulistas que levam ao litoral. Seu traçado sinuoso, datado do século XVIII, é singular e intensifica o problema das calotas. A combinação de curvas fechadas e declives acentuados contribui para esse fenômeno.

  • Calor e deformação

O uso frequente dos freios em trechos íngremes produz calor intenso. Isso, aliado à composição plástica das calotas, favorece sua deformação e desprendimento. A gravidade desempenha um papel crucial na remoção das peças durante a descida.

  • Prevenção e práticas recomendadas

Engenheiros sugerem uma técnica simples para mitigar o problema: utilizar o freio-motor. Essa prática, ao manter o carro engrenado, controla a velocidade por meio do motor. Além disso, auxilia na conservação dos freios e na economia de combustível.

Impacto e soluções

O fenômeno na SP-125 é exclusivo devido às características da rodovia. Veículos pesados são proibidos no trecho mais crítico para evitar riscos adicionais, como a perda de controle dos freios.

Dito isso, a conscientização reforçada sobre práticas de condução na região é essencial para minimizar o impacto ambiental e melhorar a segurança.

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