Dólar cai na abertura da semana após primeira alta em 2025; veja detalhes

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O dólar iniciou a semana em estabilidade após registrar sua primeira alta semanal de 2025. A moeda norte-americana opera com leve variação nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, refletindo a cautela dos investidores diante das expectativas sobre novas tarifas de importação nos Estados Unidos e a divulgação de dados econômicos nacionais. A oscilação do câmbio ocorre em um momento de incerteza no mercado global, com possíveis impactos na inflação e no crescimento econômico.

Neste cenário, especialistas acompanham de perto os desdobramentos para projetar os próximos movimentos da moeda.

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Desempenho recente do dólar

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Imagem: Freepik

Após um início de ano de relativa estabilidade, o dólar registrou sua primeira alta semanal em 2025. Na última sexta-feira, 21 de fevereiro, a moeda subiu 0,46%, encerrando o pregão a R$ 5,7304. No acumulado da semana, a alta foi de 0,61%, encerrando uma sequência de variações modestas.

A valorização recente do dólar reflete tanto fatores internos quanto externos. No cenário global, as incertezas sobre as tarifas de importação nos Estados Unidos e o desempenho da economia chinesa têm influenciado a busca por ativos considerados mais seguros, como o dólar. Já no Brasil, a expectativa em torno da política fiscal e monetária tem gerado volatilidade no câmbio.

O impacto das novas tarifas de importação dos EUA

A recente valorização do dólar também está atrelada ao anúncio de novas tarifas de importação nos Estados Unidos. O governo Trump confirmou a imposição de uma taxa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio a partir de março de 2025, além de possíveis tarifas adicionais sobre produtos importados do México, Canadá e China.

Esse movimento gerou preocupações no mercado internacional, aumentando a cautela entre os investidores e elevando a demanda por ativos de menor risco. Com a possibilidade de um novo capítulo na guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais, analistas projetam uma maior volatilidade no mercado de câmbio nas próximas semanas.

Reação do mercado financeiro

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Imagem: Freepik

O mercado financeiro reagiu com cautela às novas movimentações do dólar. No Brasil, o Banco Central segue monitorando a taxa de câmbio, e a atuação da autoridade monetária será fundamental para conter uma possível disparada da moeda americana.

Os investidores também acompanham os dados da economia nacional, com destaque para os índices de inflação e crescimento econômico, que podem influenciar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros. Caso o cenário macroeconômico apresente deterioração, a valorização do dólar pode se intensificar, pressionando ainda mais a inflação.

Nos Estados Unidos, os dados de emprego e crescimento do PIB também são acompanhados de perto. Caso a economia americana continue aquecida, isso pode reforçar a tendência de alta do dólar, impactando as economias emergentes, incluindo o Brasil.

Perspectivas para o dólar nos próximos meses

A trajetória do dólar nos próximos meses dependerá de diversos fatores, incluindo:

  • Decisões de política monetária nos EUA e no Brasil: A manutenção ou alteração da taxa de juros pode impactar o fluxo de investimentos estrangeiros.
  • Cenário político e fiscal brasileiro: Medidas econômicas do governo podem influenciar a confiança dos investidores no país.
  • Desenvolvimento das relações comerciais globais: A aplicação de novas tarifas pode pressionar os mercados emergentes.
  • Evolução da inflação nos EUA: Caso os índices de preços se mantenham elevados, o Federal Reserve pode adotar uma postura mais agressiva no controle da inflação, fortalecendo o dólar.

A oscilação cambial deve continuar no curto prazo, e analistas recomendam atenção redobrada às decisões econômicas e políticas que possam impactar o comportamento da moeda americana.

Como a valorização do dólar afeta a economia brasileira

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Imagem: Ronnie Chua / Shutterstock.com

O fortalecimento do dólar tem efeitos diretos sobre a economia brasileira. Entre os principais impactos, destacam-se:

  • Inflação: Com a alta do dólar, o preço de produtos importados, como combustíveis, eletrônicos e insumos industriais, tende a subir, pressionando a inflação.
  • Exportações: Um real mais desvalorizado pode beneficiar setores exportadores, como o agronegócio e a indústria, tornando os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo.
  • Investimentos estrangeiros: A valorização do dólar pode atrair ou afastar investidores estrangeiros, dependendo do cenário econômico e da percepção de risco do Brasil.
  • Endividamento em dólar: Empresas com dívidas em moeda estrangeira podem enfrentar dificuldades financeiras caso o dólar continue subindo.

Diante desse cenário, especialistas recomendam cautela na tomada de decisões financeiras, especialmente para empresas e investidores expostos à variação cambial.

Conclusão

A estabilidade do dólar após sua primeira alta semanal de 2025 reflete a cautela do mercado diante de um cenário de incerteza global. A imposição de novas tarifas de importação nos Estados Unidos, somada à expectativa por dados econômicos nacionais e internacionais, tem influenciado a trajetória da moeda norte-americana.

Os próximos meses devem ser marcados por volatilidade no câmbio, com investidores acompanhando de perto as decisões de política monetária e os desdobramentos do comércio global. No Brasil, a atuação do Banco Central e as medidas econômicas do governo serão cruciais para definir o comportamento do dólar no médio prazo.

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