Tem mineiro no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: Ainda Estou Aqui! “Esse filme deveria ser visto por todos”

Mineiro, de Passos, com a mineiridade de sempre, Selton Mello, entrevistado ontem, momentos antes da cerimônia em Los Angeles, pela @GloboNews, respondeu:

“Certamente vou tietar todo mundo, porque eu nasci em Passos, interior de Minas Gerais, e isso não é normal para mim, não. Mas sabe o que é mais legal? Eu nem preciso fazer muito esforço, porque o filme é amado, então agora são essas pessoas que estão chegando para mim e falando ‘você é quem faz o Rubens Paiva? Eu amei o filme’, e eu assim: ‘O que, Ralph Fiennes? Você falando isso para mim?’”, diz o ator Selton Mello, que interpreta Rubens Paiva em “Ainda estou aqui”, direto do tapete vermelho do Dolby Theatre, em Los Angeles, antes do início da cerimônia do Oscar…”

Viva Passos, viva Minas Gerais, sucesso sempre ao Selton Mello, que só de chegar a este tapete vermelho já era um vencedor.

E faço minhas as palavras do economista, jornalista Ricardo Amorim, ex-apresentador do programa Manhattan Connection:

@Ricamconsult

“Pela primeira vez, deu Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, com Ainda Estou Aqui! Merecidíssimo. Repito abaixo o que publiquei quando assisti ao filme, em novembro passado: “Esse filme deveria ser visto por todos. Um povo que desconhece ou se esquece de sua História está fadado a repeti-la. Abundam, cada vez mais, no Brasil e no mundo, líderes políticos que dividem o povo por ideologia, transformam em inimigo quem não os apoia incondicionalmente – mesmo quem defende completa ou parcialmente a mesma ideologia, mas aponta seus erros.

Nesse processo, aproveitam-se dos defeitos, fragilidades e baixíssima popularidade de outros pilares democráticos – em particular Justiça e Congresso – e os desmoralizam e enfraquecem de vez. No início aos poucos e, depois, de sopetão, subjugam as instituições democráticas e as dobram a sua própria vontade. Em função dos defeitos reais dessas instituições, e assustados pelos excessos do grupo ideológico contrário ao seu, muitos lhes apoiam com estusiamo.

Com séquitos de apoiadores dispostos a não apenas tolerar e negar, mas até mesmo apoiar seus excessos, esse grupo almeja poder absoluto para implementar o que prega. É assim que surgem ideologias extremas e ditaduras de esquerda e de direita – como o comunismo, facismo e nazismo, na década de 30, ou as ditaduras militares, na América do Sul, na década de 60.

Uma vez implementada a ditadura, rapidamente, migra-se do sonho ingênuo de muitos de que uma liderança iluminada consertaria o país à dura realidade de corrupção generalizada, abusos de poder e perseguições políticas, mas aí já é tarde. Para piorar, a reversão dessa situação costuma levar décadas, arruinando a vida de uma ou mais gerações.

Por isso, esse filme é fundamental; uma verdadeira obra-prima, muito dolorida de assistir, mas importantíssima. Isso tudo sem nem falar na atuação maravilhosa da Fernanda Torres, a fotografia marcante e linda, e a direção sempre impecável do Walter Salles. Enfim, o Brasil não poderia estar melhor representado no Oscar.”

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