Reajuste nos preços de medicamentos começa na terça; veja como evitar gastos extras

seucreditodigital.com.br reajuste nos precos de medicamentos comeca na terca veja como evitar gastos extras medicamentos

Os preços dos medicamentos sofrerão reajuste a partir da próxima terça-feira, conforme informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O índice exato ainda não foi divulgado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), mas estimativas do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) apontam que os aumentos devem variar entre 2,60% e 5,06%, com uma média de 3,48%.

A revisão dos preços ocorre anualmente e segue critérios estabelecidos pelo governo, considerando fatores como inflação, concorrência e variações cambiais. O impacto pode ser sentido principalmente pelos consumidores que dependem de medicamentos de uso contínuo.

Leia Mais:

Salário mínimo aprovado em R$ 1.978: o que muda para os trabalhadores

Como os preços são definidos?

Pessoa organizando prateleira de farmácia com diversos remédios medicamentos
Imagem: i viewfinder / shutterstock.com

O reajuste dos medicamentos no Brasil segue um modelo regulado, baseado em diferentes níveis de concorrência no setor. Segundo especialistas, a alta dos preços pode variar conforme a oferta e a demanda dos produtos:

  • Medicamentos genéricos e similares, que possuem concorrência maior, tendem a ter reajustes menores.
  • Remédios patenteados ou com poucas alternativas disponíveis no mercado podem sofrer aumentos mais expressivos.
  • O preço final praticado pelas farmácias pode ter descontos, mas o teto máximo permitido pela regulação deve ser respeitado.

A política de preços praticada no país também permite que algumas farmácias apliquem promoções ao longo do ano, o que pode amenizar os impactos do reajuste para o consumidor.

Impacto no bolso dos brasileiros

O aumento nos preços dos medicamentos preocupa a população, especialmente aqueles que precisam de remédios de alto custo para tratamentos prolongados. Dados recentes mostram que alguns medicamentos tiveram variações significativas ao longo do último ano.

De acordo com Lélio Souza, vice-presidente de Soluções para Prática Médica da Afya, algumas medicações chegaram a ter diferenças de preço superiores a 300% entre diferentes estabelecimentos. O anticoagulante Rivaroxabana, por exemplo, apresentou variação de 359% em 2024.

Para muitos consumidores, esse reajuste pode significar um gasto mensal ainda maior, comprometendo o orçamento familiar. Por isso, é essencial buscar alternativas para economizar nas compras.

Dicas para economizar na compra de medicamentos

Remédios Reforma Tributária imposto de renda
Imagem: Marcello Casal jr/ Agência Brasil

Diante do aumento dos preços, especialistas recomendam algumas estratégias que podem ajudar a reduzir os gastos com medicamentos. Confira algumas dicas:

1. Prefira medicamentos genéricos ou biossimilares

Os medicamentos genéricos têm a mesma eficácia dos de marca, mas costumam ser vendidos a preços mais acessíveis. Além disso, biossimilares (versões de medicamentos biológicos) também podem ser uma opção para tratamentos específicos.

2. Aproveite programas governamentais

O programa Farmácia Popular, do governo federal, oferece medicamentos gratuitos ou com descontos significativos para diversas doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e asma. Unidades básicas de saúde (UBSs) também disponibilizam remédios pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

3. Compare preços antes de comprar

Os valores dos medicamentos podem variar bastante de uma farmácia para outra. Por isso, utilizar aplicativos e sites que fazem comparação de preços pode ser uma estratégia eficiente para encontrar a melhor oferta.

4. Compre em maior quantidade (se possível)

Muitas farmácias oferecem descontos para a compra de mais de uma unidade do mesmo medicamento. Essa prática pode ser vantajosa para quem faz uso contínuo, desde que a validade do remédio seja longa.

5. Consulte seu médico sobre alternativas mais acessíveis

Em alguns casos, existem diferentes formulações ou princípios ativos que podem substituir um medicamento de alto custo. Converse com seu médico para avaliar outras opções terapêuticas que sejam igualmente eficazes e mais baratas.

O que esperar para os próximos meses?

O reajuste dos preços de medicamentos faz parte da política regulatória do setor, mas a variação dos custos continuará sendo um fator de preocupação para os consumidores. A recomendação de especialistas é manter o hábito de pesquisar preços, buscar alternativas e utilizar programas de assistência farmacêutica sempre que possível.

Além disso, é importante ficar atento às atualizações da CMED sobre os índices finais do reajuste e acompanhar as estratégias das farmácias para oferecer descontos e promoções. Com planejamento e informação, é possível minimizar os impactos desse aumento e garantir acesso aos medicamentos essenciais.

Imagem: Nudphon Phuengsuwan/shutterstock.com

Adicionar aos favoritos o Link permanente.