Professor é denunciado por importunação sexual em escola da rede municipal de BH

Servidoras da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte denunciaram à Policia Civil de Minas Gerais (PCMG), nessa quinta-feira (27), casos de assédio cometidos por um professor de Educação Física de uma escola da rede municipal de Belo Horizonte. De acordo com as vítimas, a situação ocorre há mais de um ano. Ao BHAZ, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed) informou que pediu o afastamento preventivo do professor e tomará as medidas cabíveis. Já a Polícia Civil diz que apura o caso de importunação sexual e que medidas protetivas foram requeridas pelas vítimas.

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O BHAZ conversou com uma das vítimas, que não terá a identidade revelada. O suspeito e a escola também serão preservados em razão das investigações ainda em curso. A auxiliar de apoio ao educando, servidora terceirizada da Minas Gerais Administração e Serviços S.A (MGS), trabalha na escola há três anos. Conforme conta, as situações de assédio sexual ocorrem há mais de um ano.

A vítima relata que faz acompanhamento psiquiátrico e psicológico com médicos da MGS. No entanto, foi somente nessa quarta-feira (26) que a servidora conseguiu contar para sua psiquiatra sobre as situações de importunação sexual que ela sofria no local de trabalho. A vítima conta que foi a médica quem marcou uma consulta com uma assistente social para que ela pudesse falar o que estava acontecendo.

“Eu não conseguia falar, eu estava em sofrimento, mesmo fazendo acompanhamento. Até que eu consegui falar com a psiquiatra o que estava acontecendo. Ela aumentou a minha medicação […]. Eu tomava de três a cinco remédios. Aumentou para oito a minha medicação”, revelou.

Levado à Delegacia

Na quinta-feira (27), a servidora conta que foi à escola para entregar uma declaração para a direção. Ao chegar no local, ela se deparou com o professor de Educação Física na sala dos professores. “Eu vi ele e comecei a chorar”, relata. Após isso, a auxiliar relata que seguiu chorando até a direção da escola, onde foi indagada sobre o que havia ocorrido.

“Na hora que eu fui contar tudo, elas falaram assim: ‘espera aí, a gente pode denunciar porque tem mais duas vítimas’”, disse.

Ao chegar no local, os policiais teriam algemado e encaminhado o professor para a Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher. Além da auxiliar de apoio ao educando, uma servidora, que também sofreu assédio, prestou depoimento na mesma delegacia. Uma terceira vítima optou não prestar depoimentos por estar grávida.

Conforme a PCMG, as vítimas requereram medidas de proteção contra o professor. Além disso, a Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual em BH ouvirá o suspeito na investigação que apura a denúncia de importunação sexual.

No entanto, conforme conta a servidora, mesmo diante dos fatos, o professor não foi afastado de imediato e esteve presente nesta sexta-feira (28) no trabalho.

Após o ocorrido, a vítima relatou que a MGS orientou que ela ficasse em casa e não trabalhasse nesta sexta-feira (28). O BHAZ entrou em contato com a MGS e aguarda posicionamento da empresa.

Afastamento

Procurada pelo BHAZ, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed) informou que pediu o afastamento preventivo do professor e que está apurando os fatos. Além disso, a secretaria tomou as medidas cabíveis para garantir a proteção da comunidade escolar.

A Smed, ainda, “repudia veementemente qualquer forma de assédio e age com rigor diante de denúncias dessa natureza”, destaca.

O BHAZ entrou em contato com o professor, mas ele ainda não se posicionou. Tão logo responda, a matéria será atualizada.

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